“Histoire de l’Art au Portugal”, de Isabel Nogueira – A Arte Portuguesa entre o Marcelismo e o ano 2000

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Publicado em 2021 em Portugal com o título “História de Arte em Portugal – do Marcelismo ao final do século XX”, esta importante obra da autoria de Isabel Nogueira (n. 1974) foi traduzida por Didier Sarnago e publicada em França pela L’Harmattan este verão.

“Histoire de l’Art au Portugal” segue a evolução da arte portuguesa desde 1968 a 2000. São, portanto, 32 anos em que a criação artística portuguesa se libertou do espartilho ideológico do Estado Novo, atravessando vários períodos históricos desde o colapso do fascismo português, passando pelos ventos revolucionários do PREC e culminando no otimismo desbragado da democracia liberal, não chegando ao banho de realidade proporcionado pela Grande Regressão de 2008/2015.

A historiadora Isabel Nogueira é pós-doutorada em História e Teoria da Arte Contemporânea e Teoria da Imagem e aborda neste seu trabalho “um panorama por vezes complexo e mesmo contraditório” devido às mutações políticas e ideológicas ocorridas no país. Um período de fervor e agitação, durante o qual a sociedade portuguesa pretendeu queimar etapas e recuperar as décadas perdidas ao longo da ditadura. Essa tumultuosa libertação nacional é por demais evidente na arte criada nos anos 1970 até se desembocar no pós-modernismo da década de 1980/90. Um movimento que se queria o espelho de um país novo, avançado e moderno, progressista e cosmopolita que tentou a sua prova dos nove durante a Exposição Universal de Lisboa em 1998.

Uma obra que assenta em eventos, carreiras de artistas, obras, políticas culturais, instituições, educação artística, publicações periódicas especializadas, problematização teórica e crítica, e, claro, o contexto internacional.

Conclui-se deste estudo que, apesar de os tempos entre a arte portuguesa deste período, devido à evolução histórica do país, e o resto da arte ocidental andarem desencontrados, o meio artístico português conseguiu, graças à evolução ocorrida neste período, encontrar o seu lugar neste amplo movimento da história da arte ocidental.

 

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