Lusa | Miguel A. Lopes

Jerónimo de Sousa diz que emigrantes só regressam se tiverem garantias de emprego e melhores salários

O Secretário-geral do PCP apontou a falta de emprego e de “salários justos” como as causas da emigração, rejeitando que tenha sido o nível do IRS a forçar os Portugueses a sair do país.

“Aqueles que partiram forçados durante quatro anos, particularmente os jovens, que foram massacrados nos seus direitos, nos seus salários, nos seus vínculos, tiveram que rumar ao estrangeiro, mas não foi por causa do nível do IRS, foi por razões de falta de emprego, por falta de salários justos”, disse à Lusa Jerónimo de Sousa.

No sábado, o Secretário-geral do PS e Primeiro Ministro, António Costa, anunciou que o Orçamento de Estado para 2019 terá “incentivos fortes” para fazer regressar a Portugal quem emigrou de 2011 a 2015, desde benefícios fiscais a deduções dos custos do regresso”.

“No próximo Orçamento do Estado iremos propor que todos aqueles que queiram regressar […] fiquem durante três a cinco anos a pagar metade da taxa do IRS que pagariam e podendo deduzir integralmente os custos da reinstalação”, disse António Costa na “Festa de Verão do PS, que decorreu em Caminha.

Para Jerónimo de Sousa os emigrantes não vão regressar “só por uma questão de IRS”, mas por “garantias de emprego, melhores salários e melhores direitos de combate à precariedade”.

O dirigente sublinhou ainda que “aqueles que cá ficaram não podem ser penalizados só porque cá ficaram no seu país”.

 

 

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