Lusa | Miguel A. Lopes (arquivo)

Moreira da Silva demite-se da OCDE em Paris para ser candidato à liderança do PSD

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O antigo dirigente do PSD Jorge Moreira da Silva confirmou hoje que será candidato à liderança social-democrata “pelo momento difícil que o partido e o país atravessam” e por entender ter um “projeto capaz de renovar” o PSD.

Em comunicado, Jorge Moreira da Silva começa por anunciar a sua demissão das funções de Diretor da Cooperação para o Desenvolvimento, na OCDE, cargo que ocupava desde 2016, em Paris, e cujo exercício seria incompatível com a sua candidatura.

“Tendo apresentado publicamente, há dois dias, os resultados anuais – que atingiram o máximo histórico – da ajuda pública ao desenvolvimento, acabo de comunicar ao Secretário-Geral da OCDE a minha demissão, com efeitos imediatos, das funções de Diretor da Cooperação para o Desenvolvimento, que exerço há quase 6 anos, em Paris, de forma a poder apresentar na próxima 2ª feira, 18 de abril, a minha candidatura à liderança do PSD” diz o comunicado. “Atendendo aos estatutos da OCDE e ao seu código de conduta, uma candidatura à liderança do PSD exigiria uma demissão prévia das minhas funções na OCDE, de forma a salvaguardar a independência desta organização internacional”.

Esta também foi uma oportunidade para Jorge Moreira da Silva fazer um balanço da sua missão na OCDE. “Cesso as funções de Diretor na OCDE com o sentimento de dever cumprido. Liderei, nos últimos 6 anos, o desenho e a negociação de um conjunto alargado de reformas na arquitetura da cooperação internacional e investi todo o meu capital político num reforço, sem precedentes, da solidariedade internacional, em especial num período marcado por sucessivas crises globais (crise climática, crise dos refugiados da Síria, pandemia de Covid-19 e guerra na Ucrânia). Como se verificou pela apresentação, há dois dias, dos dados anuais da ajuda pública ao desenvolvimento, esse esforço deu resultados: quando iniciei funções em 2016, o volume anual de ajuda pública ao desenvolvimento, concedido pelos 30 principais doadores internacionais aos países mais pobres, situava-se em 145 mil milhões de dólares; saio da OCDE com o valor mais alto de sempre (desde o inicio da monitorização em 1960), superando 179 mil milhões de dólares”.

“Candidato-me à liderança do PSD por sentido de responsabilidade – atendendo às circunstâncias difíceis que tanto Portugal como o PSD enfrentam – e animado pela firme convicção de que sou portador de um projeto capaz de renovar o PSD, libertar o potencial de Crescimento Sustentável em Portugal e assegurar que os Portugueses reconquistam o seu pleno Direito ao Futuro”, refere.

O antigo primeiro Vice-Presidente do PSD anuncia ainda que a apresentação pública da candidatura será feita na próxima segunda-feira, em Lisboa.

 

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