Na cozinha do Vitor: Cataplana de Mariscos

Um pouco de história…

De origem portuguesa, a cataplana é um recipiente para cozinhar alimentos típico do Algarve, com origem do período Árabe. Precursora da panela de pressão moderna, a cataplana permite confecionar vários tipos de alimentos dando a todos eles um sabor único e inconfundível, através da sua cozedura hermética a vapor. As suas formas harmoniosas aliadas à sua versatilidade fazem da cataplana um utensílio muito especial, diferente de qualquer outro.

Originalmente de cobre ou latão, a cataplana é atualmente fabricada de alumínio, mas com um banho de cobre para lhe dar o aspeto característico. Existem cataplanas de várias dimensões, de acordo com a quantidade de comida que se pretende preparar, e ainda “cataplanas” de aço, por vezes elétricas, que fazem o mesmo trabalho, mas já não têm o formato tradicional.

Nota: Sendo um produto difícil de encontrar em França podemos utilizar um Wok com tampa para fazer o mesmo tipo de receita, tendo o cuidado de respeitar bem os tempos de cozedura e de não abrir a tampa senão… lá vai o vapor embora, deixando de fazer então o efeito de estufa para cozinhar e apurar os ingredientes.

Segurança: tenha cuidado ao abrir a Cataplana enquanto cozinha uma vez que o vapor acumulado pode ser forte.

 

Ingredientes:

Cataplana com cerca de 40 cm de diâmetro ou Wok com tampa

100 ml de azeite extra virgem

200g de cebola, laminada

4 dentes de alho, laminados (sem o germe para evitar o hálito de alho)

1 colher de chá de colorau

2 folhas de louro

1 malagueta

Sal

400g de tomate maduro, limpo de pele e sementes (ou tomate enlatado de boa qualidade)

2 colheres de sopa de polpa de tomate

300g de batatas, previamente cozidas, laminadas

2 pimentos, em tiras (1 verde e 1 vermelho)

1 colher de chá de orégãos secos

1 mão cheia de coentros, grosseiramente picados

300g de camarão

300g de lagosta ou caranguejo

300g de amêijoas ou mexilhões

300g de vieiras

300g de lulas, choco ou polvo

300g de tamboril ou outro peixe de sua preferência (opcional)

200 ml de vinho branco

Sumo de meio limão

1 colher de café de caril

 

Preparação:

Coza previamente lulas, choco ou o polvo com um copo de água e sal durante cerca de 20 minutos. Escorra, corte em pedaços e reserve;

Coloque a parte inferior da cataplana sobre lume brando e aqueça nela o azeite;

Comece por dispor os bivalves no fundo da cataplana para evitar que os restantes ingredientes agarrem o fundo;

Adicione colorau, louro, malagueta e sal;

Adicione metade dos seguintes ingredientes: cebola, alho, tomate, polpa de tomate, batata, pimento, orégãos e coentros;

Adicione os mariscos em camadas, deixando os mais sensíveis e fáceis de cozinhar para o fim;

Adicione, de forma decorativa, a restante parte de cebola, alho, tomate, polpa de tomate, batata, pimento, orégãos e coentros;

Verta o vinho branco sobre todos os ingredientes;

Dissolva o caril no sumo do limão e adicione à cataplana;

Tempere com sal a seu gosto;

Feche a cataplana com a parte superior, tendo o cuidado de não se queimar, e deixe cozinhar durante cerca de 15 minutos;

Corte o lume, abra a cataplana com o cuidado de não deixar o vapor atingir a sua vista, e sirva imediatamente.

Nota importante: Tal como numa caldeirada, nunca se deve mexer durante a cozedura.

Tendo em conta da rapidez da confeção deste prato e da ligeireza dos ingredientes é um prato que se consome bem em qualquer altura almoço jantar ou mesmo ao lanche depois de uma manhã alargada na praia.

Em geral é acompanhada com um vinho branco verde ou maduro mas bem fresco.

A cataplana é consumida em geral no verão mas o que é mesmo essencial é a frescura dos ingredientes. Na região do Algarve é um dos pratos habitualmente também consumido durante as festas.

 

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LusoJornal