Novo Banco concretiza venda do BES Vénétie em França

O Novo Banco concretizou a venda da participação no Banque Espírito Santo et de la Vénétie (França) a uma empresa do fundo de investimento norte-americano Cerberus, operação acordada em junho passado, anunciou em comunicado ao mercado.

“No seguimento do comunicado de 15 de junho de 2018, o Novo Banco concretizou a venda da participação de 87,5% por si detida do capital social do Banque Espírito Santo et de la Vénétie, S.A. e ativos diretamente relacionados à Promontoria MMB SAS, sociedade constituída em França e subsidiária da Cerberus Capital Management”, lê-se na informação ao mercado.

O Novo Banco acrescenta que, no âmbito desta operação, será amortizado pelo BES Vénétie um empréstimo subordinado.

Este negócio, cujo valor não foi revelado, terá um impacto positivo estimado de 30 pontos base no rácio de capital CET 1 do Novo Banco. Já na conta de exploração não terá efeitos, diz a instituição financeira.

O Novo Banco conclui o comunicado ao mercado a afirmar que esta “transação representa mais um importante passo no processo de desinvestimento de ativos não estratégicos”, e “de foco no negócio bancário ibérico” e que, com ela, termina o processo de redução de ativos de risco prevista para este ano.

Já na quinta-feira o Novo Banco anunciou que acordou a venda de carteira de crédito malparado de 2.150 milhões de euros a fundos de investimento, sem indicar o valor do negócio.

O Novo Banco, que ficou com parte da atividade bancária do BES (resgatado no verão de 2014), é detido pelo fundo norte-americano Lone Star em 85% e em 25% pelo Fundo de Resolução bancário, gerido pelo Banco de Portugal.

A gestão tem dito por várias vezes que os seus resultados são penalizados pelo legado com que ficou do BES.

O Novo Banco registou um prejuízo de 419,6 milhões de euros até setembro, que compara com os 419,2 milhões de euros registado no período homólogo.

Apesar de ser maioritariamente detido por privados desde 2017, o Novo Banco tem beneficiado de injeções de capital do Fundo de Resolução, através de empréstimos do Tesouro público, que devem voltar a acontecer em 2019.

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LusoJornal