LusoJornal | António Borga

PSD/Paris diz que escolha da candidata pela Europa é um “retrocesso sem paralelo” na história do PSD na Emigração

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A Comissão Política da Secção de Paris do PSD emitiu esta tarde um comunicado sobre o processo de escolha dos candidatos a Deputados pelo círculo eleitoral da Europa. No comunicado diz que não foi consultada para a escolha dos candidatos, que por iniciativa própria sugeriu Carlos Gonçalves. Diz que sempre defendeu que os Deputados pelos círculos eleitorais da emigração fossem das Comunidades e considera que houve um “retrocesso sem paralelo” na história do PSD na emigração.

“Esta Secção nunca foi contactada pela Sede Nacional do PSD nem pelo Secretariado das Comunidades Portuguesas para emitir a sua opinião sobre os candidatos a Deputados pelo círculo eleitoral da Europa. A Comissão Política do PSD Paris, por iniciativa própria, enviou um parecer ao Secretário-Geral do PSD indicando o nosso militante Carlos Gonçalves para integrar a lista de candidatos a Deputados por este círculo eleitoral” diz o Comunicado dos Sociais-democratas.

“A escolha desta Secção recaiu no companheiro Carlos Gonçalves pelo facto de ele ter vindo a realizar um excelente trabalho como parlamentar, trabalho que é reconhecido por todos aqueles que intervêm no plano político no seio das Comunidades portuguesas, mas também porque a sua candidatura permitia cumprir todos os critérios definidos pela deliberação da Comissão Política Nacional de 15 de novembro de 2021”. Desta forma, o PSD/Paris considerou que “a nossa escolha era aquela que permitiria criar as melhores condições ao PSD para ter um bom resultado neste círculo eleitoral e garantir a eleição de um Deputado”.

O documento enviado às redações é assinado pelo Presidente da Comissão Política do PSD/Paris, Joaquim de Oliveira Morais (na foto). “A Secção do PSD Paris foi uma das estruturas do PSD da Emigração que lutou várias décadas para que o cabeça de lista pelo círculo eleitoral da Europa fosse um dos nossos militantes. O PSD distinguia-se do nosso principal adversário político pelo facto de ter um Deputado eleito, oriundo da emigração, com o conhecimento e sensibilidade próprias para uma área tão específica como é a das Comunidades portuguesas” diz o comunicado. “Infelizmente, a escolha para cabeça de lista desta vez não tem em conta este princípio o que configura um retrocesso sem paralelo na história do PSD da Emigração. Entendemos que temos quadros com capacidade e legitimidade para encabeçarem as listas de candidatos e de assumirem funções como Deputados à Assembleia da República”.

A Secção do PSD Paris lamenta também que a França, “onde reside cerca de metade dos eleitores do círculo eleitoral da Europa”, não tenha qualquer representante na lista de candidatos.

Tal como, o LusoJornal já anunciou, a lista é encabeçada por Maria Ester Vargas, de Lisboa, mas a morar em Viseu, seguindo-se Victor Gomes (Bélgica), Pedro Xavier (Reino Unido) e Ana Garrido (Bélgica).

“Independentemente destes considerandos, o PSD Paris reafirma que continua a estar, como sempre, disponível para trabalhar em favor das Comunidades portuguesas e do país e para contribuir para o sucesso do PSD nas próximas eleições legislativas para bem de Portugal e dos Portugueses”.

 

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