“Sentidos”: o primeiro disco de Maria José Henriques e Filipe Ferreira

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]

Maria José Henriques e Filipe Faria lançaram recentemente o primeiro CD em que cantam juntos, intitulado “Sentidos” e com arranjos de Patrick Pernet. Dos 10 temas do álbum, apenas um é tradicional açoriano e outro é brasileiro, todos os restantes têm letra e música de Filipe Ferreira.

“A ideia deste álbum nasceu de uma brincadeira nas tardes da associação Gaivota” explicou Maria José Henriques. “O Filipe convidou-me para cantar uma canção com ele e aparentemente as coisas passaram-se bem, as pessoas gostaram, a partir daí começámos a ensaiar outros temas e surgiu a ideia de fazer um disco”.

A associação Gaivota tem 20 anos, é presidida por Maria José Henriques e embora tenha como pilar o Fado, integra também música francesa, literatura e poesia. Todos os meses organiza um encontro em Bry-sur-Marne e foi nestes encontros que Maria José e Filipe cantaram juntos pela primeira vez.

Filipe Ferreira nasceu em Alcobaça, no distrito de Leiria, mas veio para França com apenas 11 anos de idade. “Eu sempre gostei de cantar” confessa ao LusoJornal. Nos anos 80 fundou com uns amigos o “Algate 6”, um grupo de baile que concorria, na altura, com os “Irmãos 5”. Mais tarde cantou em vários grupos da região parisiense.

Filipe Faria sempre cantou, mas não toca nenhum instrumento. No entanto, todos os temas de “Sentidos” são da sua autoria. “Para compor não é necessário conhecer música. Qualquer pessoa pode fazer isto, está ao alcance de cada um de nós” afirma ao LusoJornal. “Eu não sou músico mas tenho um teclado em casa e componho as minhas melodias com 2 ou 3 dedos. Depois entrego ao Patrick Pernet para ele fazer os arranjos”.

Patrick Pernet é um amigo dos dois e também elemento da Gaivota. Tem um estúdio de gravação onde já gravou mais de 150 álbuns. Trabalhou com Michel Jonasz ou Manu Dibango, mas também dedicou muito tempo aos concertos, em palcos. “Neste momento toco nos Ehpad para pessoas de idade. Eles agradecem-me por eu cantar para eles e eu agradeço-lhes por me permitirem de continuar a tocar” disse ao LusoJornal.

Até aqui, Filipe Ferreira sempre cantou retomas de outros cantores. “É bonito cantar canções dos outros, claro, mas cantar aquilo que nós escrevemos tem outro perfume. Nunca me tinha surgido antes a ideia de escrever”, mas agora encontrou vocação e está contentíssimo com o resultado.

Nove dos dez temas do álbum são cantados em português, a duas vozes, salvo “Fruit d’un duo” cantado em francês. São temas com uma variedade musical bastante grande, do tango ao pop, passando pelo tradicional e pelo fado. O tema “Um fado como bagagem” teve a participação de Philippe de Sousa à guitarra portuguesa e Dominic à viola. Foi inspirado do livro “Le fado pour seul bagage” de Altina Ribeiro.

Agora, o “grande orgulho” de Filipe Ferreira é saber que os pais, agora a viver em Portugal, ouvem as canções do filho na rádio.

Maria José Henriques já tinha participado em dois discos, “mas este é um álbum inteiro” disse ao LusoJornal. Agora lançou o primeiro single do novo álbum que está a preparar. “Sans abri” é o primeiro tema de uma série de canções em francês, escritas por Patrick Pernet, Dan Inger e Gisèle Vacelet.

Por enquanto, Maria José Henriques, Filipe Ferreira e Patrick Pernet bem gostariam de promover este álbum, com ilustrações de Simon Boulenger. “Esta é uma produção independente, não temos nenhuma editora por detrás” confessa Maria José Henriques.

Enquanto não for possível organizar concertos, com músicos, o disco pode ser pedido por mail.

 

filipemariejo@gmail.com

 

Ver a entrevista completa AQUI.

 

[pro_ad_display_adzone id=”37509″]

LusoJornal