DR Home Comunidade Sessão de esclarecimento sobre Reformas no Consulado de Paris foi considerada “muito positiva”Carlos Pereira·29 Novembro, 2024Comunidade O Salão Eça de Queirós do Consulado Geral de Portugal em Paris estava cheio, ontem à noite, para uma sessão de esclarecimento sobre “Os meus descontos e a reforma em Portugal”. O evento foi presidido pela Cônsul-Geral Mónica Lisboa e animado pelo Adido de Segurança Social em França, Pedro Pacheco. Esta foi a primeira sessão de esclarecimento que a Cônsul-Geral – recentemente chegada a Paris – organizou. “Estamos aqui para aprender, para saber do que os utentes necessitam, por isso façam-nos chegar as vossas perguntas, porque isso ajuda-nos a melhor vos responder” disse Mónica Lisboa na sua introdução. “Esta é a vossa casa, quero que esta seja a vossa casa e que se sintam bem aqui”. Aproveitando “o privilégio” de ter um Adido de Segurança Social em França, a Cônsul-Geral disse que “é importante organizar este tipo de eventos, sem formalismos, para que efetivamente se possa ajudar quem necessita de apoio”. Na sala, os presentes concordaram e felicitaram a Cônsul-Geral pela iniciativa. “Sermos cidadãos bem informados, traz-nos mais valor, mais segurança, melhora as nossas vidas”. Pedro Pacheco não fez apresentação formal e disse que preferia responder às perguntas dos presentes. E a fórmula resultou. Foram várias as perguntas colocadas com situações, também elas diferentes. Se há um elemento importante a ter em consideração é que a reforma se prepara atempadamente. “Comecem 4 ou 5 anos antes. A partir dos 55 anos de idade, comecem a pedir um extrato de cotizações à vossa caixa de Segurança Social em França e também a Portugal” explicou Pedro Pacheco. “Isto não são coisas que se façam em cima da hora. Preparem as coisas com calma, porque se detetarem algum problema no extrato de cotizações, o problema pode demorar algum tempo a resolver”. O tempo de trabalho em Portugal e em França somam-se para os cálculos da reforma, mesmo se os dois sistemas são diferentes. Mas vários presentes perguntavam o que devem fazer. “A Segurança Social francesa envia os extratos de cotizações em França, o que é natural. Mas se vocês lhes dizerem que trabalharam em Portugal antes de vir para França, eles enviam-vos os extratos de cotizações dos dois países, porque pedem automaticamente a Portugal” disse o Adido de Segurança Social. “Daí ser importante de terem solicitado o extrato do tempo de trabalho em Portugal, para confirmarem que tudo está bem e para verificarem se todos os dados foram transmitidos à Segurança Social francesa”. Pedro Pacheco disse ainda que é importante “ouvirem as pessoas certas” e não ouvirem o que as outras pessoas dizem. “Cada caso, é um caso, por isso perguntem diretamente a quem sabe e neste Consulado têm uma porta aberta. Eu costumo dar o tempo suficiente quando recebo as pessoas, para compreender bem o que procuram e para as informar”. Na primeira fila estava precisamente um senhor que provavelmente já podia estar reformado, mas não o está ainda porque não se informou com quem sabia e apenas ouviu o que lhe disseram, erradamente, os familiares. Durante a Sessão ainda houve quem perguntasse “por que razão as reformas são mais taxadas em Portugal do que em França”, mas Pedro Pacheco disse que essa já uma pergunta para fiscalistas, “eu apenas trato da Segurança Social”. Contudo, Cônsul-Geral Mónica Lisboa disse que vai tentar encontrar um interveniente para responder às questões fiscais. Também houve quem perguntasse por que razão as regras de reforma não eram iguais para todos os países da Europa. E Mónica Lisboa explicou que não há uma Europa de Segurança Social, cada país mantendo a sua soberania nesta matéria. O encontro foi considerado “muito bom e positivo” pelos presentes e também pelos organizadores. Cada presente deixou um formulário para marcar encontro personalizado com o Adido de Segurança Social. Os interessados devem contactar pelo mail adido-ss-franca@seg-social.pt Na sala estavam também a Cônsul-Geral Adjunta, o Adido Social e o Chanceler do posto consular, assim como duas universitárias atualmente a estagiar no Consulado.