Congresso do PS: António Oliveira “exige” voto eletrónico

António Oliveira, Secretário-Coordenador da Secção de Paris do Partido Socialista, e membro da Comissão nacional, fez uma intervenção no 22° Congresso do Partido Socialista na Batalha, que transcrevemos:

 

«Caro Presidente, Carlos César,

Caro Secretário-Geral, António Costa,

Cara Secretária-Geral adjunta, Ana Catarina Mendes

Caras camaradas, caros camaradas,

 

Eu venho de Paris, sou Secretário-Coordenador da Secção de Paris e não venho aqui fazer um discurso mas transmitir uma mensagem das Comunidades porque nós também somos Portugueses, nós também somos Portugal.

A Secção de Paris é uma Secção histórica cujo primeiro militante foi um dos fundadores do Partido Socialista, Manuel Tito Morais, em 1973. É uma Secção que tem portanto história.

Os Portugueses no estrangeiro são 5 milhões, isto é, um terço dos Portugueses vivem no estrangeiro e um terço dos Portugueses só são representados por apenas 4 Deputados na Assembleia.

Isto é profundamente injusto.

A França tem 2 milhões de Franceses no estrangeiro que são representados por 11 Deputados na Assembleia francesa. Isto é uma injustiça que deveria ser e deve ser reparada porque os Portugueses que vivem lá fora não são Portugueses de segunda.

A outra mensagem diz respeito às eleições.

Dizem que os Portugueses no estrangeiro não votam e é verdade que os Portugueses não votam. E não votam porquê? Porque nada é feito para lhes facilitar o voto.

Quero no entanto agradecer o que tem feito o Partido Socialista, sobre o recenseamento automático. Isto é um grande passo porque agora um maior número de Portugueses vai receber os envelopes para poderem votar mas nós exigimos o voto eletrónico porque os Portugueses por vezes têm que se deslocar 500 quilómetros para votar e isto é inadmissível.

Nós Portugueses no estrangeiro exigimos portanto que o recenseamento seja automático e já o é, que o voto seja eletrónico e exigimos que haja mais Deputados para representarem os Portugueses do estrangeiro.

Viva o Partido Socialista,

Viva as Comunidades no estrangeiro que também são Portugal».

 

 

LusoJornal