Co-Produção franco-portuguesa-germânica-espanhola de Filipa César selecionada para Festival de Berlim

A instalação “Crioulo Quântico”, da portuguesa Filipa César, foi selecionada para a 70ª edição do Festival de Cinema de Berlim, que decorre entre 20 de fevereiro e 03 de março de 2020.

“Crioulo Quântico”, uma coprodução França/Portugal/Alemanha/ Espanha, será exibida na secção Forum Expanded, de acordo com informação disponível no ‘site’ oficial do festival.

O trabalho foi apresentado pela primeira vez em Lisboa, no âmbito da exposição “Filipa César. Crioulo Quântico”, sobre o projeto de investigação da artista que traça uma relação entre tecelagem tradicional africana e a linguagem da computação, que esteve patente na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, entre 31 de maio e 02 de setembro deste ano.

A exposição em Lisboa representou um dos três momentos de um projeto internacional de Filipa César, que envolve, além do Museu Calouste Gulbenkian, a Haus der Kulturen der Welt, em Berlim, onde uma parte foi apresentada no início do ano, e a Tabakalera, em San Sebastian, onde o terceiro momento foi exibido, em novembro.

Em Lisboa, a artista apresentou uma instalação e um filme de ensaio, que resultou de um processo de pesquisa coletivo, e que introduz vários formatos de imagem em movimento.

Na sala, um ecrã gigante exibia o filme, e numa estrutura em madeira estavam expostos alguns tecidos, resultado daquela técnica tradicional na Guiné-Bissau, nos quais tem investigado códigos de comunicação com paralelismo com o sistema usado na computação.

Neste trabalho de Filipa César, que dura há cerca de uma década, são abordados temas cívicos, políticos e de caráter ativista.

A abordagem da artista nascida no Porto, em 1975, incide sobre dinâmicas de crioulização, no seu contexto histórico e biológico, entre as quais se encontra a dimensão subversiva de códigos linguísticos e noções de tecedura.

A programação completa estará disponível no ‘site’ do festival a 11 de fevereiro.

 

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LusoJornal