LusoJornal / Mário Cantarinha

Cultura popular: Grupo folclórico Amizade e Sorrisos de Clamart

Nome da associação: Amicale franco-portugaise de Clamart

Data de criação da associação: 12 de julho de 2000

Cidade: Clamart (92)

Nome do Presidente: Maria do Sameiro Marques

Infos: 06.22.41.19.23

 

Nome do grupo folclórico: Amizade e Sorrisos de Clamart

Data de criação: Idem

Região: Concelhos do Alto Minho

Nome do ensaiador: Grupo sem ensaiador mas com 3 ou 4 responsáveis

 

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Maria Marques, quando e porque foi criado o grupo?

O grupo foi criado da mesma forma que muitos outros grupos foram criados em França: um desentendimento no grupo onde se anda, uma pessoa vai deixando, outra vai deixando… e um dia um grupo de amigos telefonou-me para me propor se eu queria criar um grupo em Clamart, onde não havia nenhum grupo. Na altura eu vivia em Chatenay; hoje já vivo cá, e decidimos criar o grupo. Foi um punhado de amigos que se juntaram. O público agora parece estar contente.

 

Qual é a região que o grupo representa?

Representamos os 10 concelhos do Alto Minho. Não representamos um concelho em particular mas sim os 10, desde Melgaço até aos Arcos, Ponte da Barca…

 

O grupo tem alguma particularidade que se possa destacar?

Penso que a nossa particularidade é mesmo essa de representar os 10 concelhos do Alto Minho. Porque há muitos grupos dos Arcos ou de Ponte de Lima ou de Viana, mas os outros concelhos mais pobres, ninguém os representava e nós tivemos a ideia de os representar, de representar os 10 concelhos, os 10 estandartes do Alto Minho.

 

O grupo é federado na Federação do folclore português?

Não. Eles andaram atrás de nós, nos anos 2003, 2004, mas como nós temos a particularidade de representar Melgaço, Valença, Paredes de Coura… eles não conhecem tão bem, acabaram por desistir e nós também lhes fizemos compreender que não nos interessava. Queremos estar no patamar, mas sem ter o título. É mais complicado e a Federação não é mais do que uma fotografia. E sabe como é, os grupos têm altos e baixos… assim, nós somos livres.

 

Quantos elementos tem o grupo?

Atualmente temos 55 elementos. A mais pequenina deve ter 3 anos e o mais velho é o meu marido, com 72 anos.

 

O grupo já gravou algum CD?

Sim, gravámos um CD com o nome do grupo, e já tivemos a ideia de gravar outro, mas ainda não se fez.

 

O grupo organiza algum Festival?

Sim, organizamos três Festivais de folclore por ano. O próximo vai ser no dia 26 de abril.

 

Que outros eventos organizam?

Fazemos Rusgas, Bailes, a Festa do fim do ano, a Galette des rois, participamos em vários eventos da cidade…

 

Costuma ter saídas?

Sim, esta época já está praticamente preenchida. A saída que mais nos marcou foi quando fomos aos Estados Unidos. Aqui em França… olhe, são todas bonitas. Ainda recentemente estivemos em Vigneux e tivemos muitos elogios por lá. As saídas por perto também são boas.

 

Quais as principais dificuldades do grupo?

Eu diria os jovens… Podemos contar com eles, mas de uma hora para a outra também podem ir embora. É só isso, nada mais.

 

Tem apoios da autarquia?

A Mairie cede-nos as salas. É o único apoio que temos, mas já não é nada mau porque temos uma sala todas as sextas-feiras para os ensaios, temos a sala grande habitual quatro vezes por ano, mais duas salas duas vezes por ano e ainda temos o escritório da associação, com uma salinha.

 

E tem tido apoios de Portugal?

Não, nunca tivemos, mas também nunca pedimos.

 

Qual o principal sonho que gostava de realizar?

O nosso sonho mais próximo já está em vias de realização, que é o de ir a Penamacor. Temos uma saída prevista para dia 21 de junho. É o concelho que tem uma geminação com Clamart, que por acaso tive o prazer de geminar [ndr: na altura, Maria Marques era autarca em Clamart].

 

Como se porta o folclore português em França?

Eu tenho muita pena porque o folclore neste momento está mais uma rivalidade do que aquilo que devia ser. Devia simbolizar a amizade e a ajuda entre nós todos, devia ser amizade. E é pena que seja assim porque o folclore é bonito, é genuíno e não deviam ter esses comportamentos assim. Os grupos não deviam estar em concorrência uns com os outros. Isso é muito mau para o folclore.

 

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