LusoJornal / Carlos Pereira

Créteil/Lusitanos: Alexandre Pardal admira a diversidade cultural da França

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Alexandre Pardal, o jogador de 28 anos que deu a vitória ao US Créteil/Lusitanos na sexta-feira passada, no jogo frente ao FC Villefranche (campeonato National), joga há três épocas no clube presidido por Armando Lopes, e diz que admira a diversidade cultural da França.

Esta é a terceira temporada do jogador de S. João da Madeira no Créteil/Lusitanos. “Têm sido três épocas muito positivas. Quando cá cheguei foi tudo muito novo para mim, era a primeira vez que saía de Portugal, descobria uma língua nova, mas o clube ajudou-me muito na adaptação, com aulas de francês e tudo. Não faltou nada” disse ao LusoJornal.

“A minha primeira época foi espetacular, fiz praticamente a época toda e conseguimos o objetivo principal que era o de subir de divisão. Na segunda época foi uma época de afirmação no National, mas infelizmente, no final da época, tive uma lesão no joelho e tive de ser operado. Mais uma vez, tive todo o acompanhamento do clube, não faltou nada. Nesta terceira temporada, comecei um pouco atrás porque estava ainda a recuperar da lesão da época transata, mas há 5 ou 6 jogos para cá, comecei a jogar e até agora tem sido uma época excelente, e é para manter”.

Antes de vir para França, Alexandre Pardal jogou no Sanjoanense e no Cesarense. Ter Portugueses a acolhê-lo em Créteil foi importante. “Ter pessoas que falam português ajuda nas questões práticas. É essencial, não só para mim, mas para os colegas Portugueses que cá estão. É uma grande ajuda para nós”.

Veio à procura de um país diferente, de um futebol diferente. O Créteil/Lusitanos, com Rui Pataca na Direção Geral e Carlos Secretário como treinador, está no meio da tabela classificativa. “O nosso objetivo é mantermo-nos no topo da classificação e mais tarde veremos se temos a oportunidade de subir à Ligue 2, o que era excelente para o clube, e é onde o clube merece estar, porque é um clube com grandes condições” diz Alexandre Pardal.

“Quando cá cheguei, confesso que foi um choque. Lembro-me do primeiro dia que eu cheguei ao aeroporto, da diversidade de culturas que existem em França. É um país super aberto a outras culturas e a outras nacionalidades. Em Portugal não é bem assim” disse numa entrevista ao LusoJornal. “Custou um bocado no início, mas depois foi uma questão de adaptação. Penso que é um país muito diferente de Portugal, nos costumes, mas é um país que é um exemplo, porque respeita a cultura dos outros e eu posso dar um exemplo: nós temos muitos jogadores muçulmanos aqui na equipa, que são de religiões diferentes, e aqui em França respeita-se muito isso, aqui em França fala-se muito de racismo. A França aceita muitas culturas e não tem nenhum problema em conviver com elas”.

 

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