LusoJornal | Marco Martins

Andebol: Gilberto Duarte, do Montpellier, sonha em ir aos JO com Portugal

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A Seleção Portuguesa de andebol masculino, após ter carimbado o passaporte para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, no verão de 2021, apurou-se para o Campeonato da Europa que vai decorrer de 13 a 30 de janeiro de 2022 na Hungria e na Eslováquia.

O sorteio do Europeu ditou os seguintes grupos: Portugal ficou no Grupo B juntamente com a Hungria, Islândia e Holanda, enquanto a Seleção Francesa integra o Grupo C com Croácia, Sérvia e Ucrânia.

De notar que a França não era cabeça-de-série, ao contrário de Portugal que estava no Pote 1.

A Seleção Portuguesa apurou-se pela segunda vez consecutiva para o Europeu da modalidade, sendo que em 2020 acabou no sexto lugar. Portugal também carimbou pela primeira vez na história o passaporte para os Jogos Olímpicos que vão decorrer durante o verão em Tóquio.

O LusoJornal falou com Gilberto Duarte, internacional português que atua no Montpellier, em França. O andebolista português admitiu que sempre acreditou no potencial da Seleção Lusa que agora está a colher os frutos do trabalho.

Entretanto, na Liga francesa de andebol, o Montpellier, dos internacionais portugueses Gilberto Duarte e Alexis Borges, empatou a 29 golos frente ao Nîmes, num jogo a contar para a 27ª jornada do Campeonato. Com este resultado, o Montpellier ocupa o segundo lugar, com 46 pontos, atrás do PSG que tem 48 e menos dois jogos. No terceiro lugar encontramos o Nantes, do português Alexandre Cavalcanti, com 41 pontos e menos um jogo do que o Montpellier.

Gilberto Duarte admitiu que o título não é fácil de alcançar, mas ainda é possível.

 

Portugal apurou-se para o Europeu, já começa a ser habitual ver a Seleção portuguesa nas grandes provas da modalidade?

Isto é o culminar de um grande percurso, de muitas tentativas falhadas. Recentemente conseguimos dar o ‘clique’, aquele passo que sempre se falou que conseguiríamos dar. Agora temos de aproveitar este momento. Esperemos que estes apuramentos sejam naturais durante muito tempo. Vamos continuar a trabalhar para isso.

 

A opinião que tinha da Seleção mudou nestes últimos meses?

A minha visão da Seleção nunca mudou. Sempre quis ajudar. Todos os jogadores tinham este sentimento. Quem passou por lá, quem está lá, sempre acreditou neste momento. Também sempre quisemos dar esta alegria ao público. Estamos muito contentes.

 

Até agora, o que tinha faltado a Portugal para estar regularmente nas fases finais das grandes provas?

Faltou sempre aquele ‘passo’. Se me perguntar qual foi esse passo que conseguimos, não lhe sei dizer. Agora estão a aparecer os resultados que sempre quisemos. Foram os frutos do trabalho que fizemos.

 

Portugal no Pote 1, a França estava no Pote 3. Incrível, não é?

Quando soubemos que tínhamos a oportunidade de terminar no Pote 1, as coisas mudaram. Antes do jogo frente à Lituânia, o Selecionador nacional tinha um plano, mas ele teve de o mudar quando soube que podíamos integrar o Pote 1. É muito bom ver Portugal no Pote 1. Agora é continuar…

 

Está a viver um sonho com os resultados que tem alcançado a Seleção?

Sempre sonhei e sempre trabalhei com o objetivo de ir aos Jogos Olímpicos. Ter a possibilidade de participar, poderá ser o realizar de um sonho. Agora tenho é de trabalhar e esperar ser convocado.

 

Como se chega a este nível?

Foi sempre por partes. Comecei a jogar ao andebol por causa do meu irmão. Comecei a ver andebol nacional quando o FC Porto falou comigo. Aí comecei a sonhar com voos internacionais quando fui para o FC Porto. No fundo foi sempre tudo por etapas.

 

O Montpellier ocupa atualmente o segundo lugar…

Todos os jogos até ao fim vão ser importantes. O nosso objetivo no início da época era ficar nos dois primeiros lugares: vencer o Campeonato ou pelo menos ficar no 2° lugar para ir à Liga dos Campeões europeus de andebol. Vamos tentar alcançar o melhor resultado possível. Neste momento é o segundo lugar, mas temos de continuar a lutar e a tentar vencer os jogos todos porque também há equipas atrás de nós.

 

Essa segunda posição parece confortável em relação ao Nantes?

Não estamos numa situação confortável porque estamos a chegar ao momento da época em que todas as equipas, consoante os objetivos, estão a dar tudo. De um momento para o outro, tudo pode mudar. Ninguém pode relaxar. Não podemos relaxar, nem o PSG, nem o Nantes… Está na altura do campeonato em que não pode haver deslizes.

 

O título ainda é possível?

Sabemos que é difícil, mas vamos lutar para ganhar todos os jogos até ao fim. No fim, vamos fazer as contas. Veremos se vencemos o Campeonato ou se ficamos no segundo lugar. Vamos fazer o nosso trabalho, o resto não depende só de nós.

 

O Montpellier foi eliminado nas competições europeias, na Taça EHF, pelos germânicos do Füchse Berlin. Foi uma deceção essa eliminação nos quartos-de-final?

Foi, claramente. Tínhamos como objetivo chegar à ‘final four’ e aquele jogo frente aos alemães foi um jogo muito mal conseguido. Não podemos falhar nessas alturas. Foi uma grande deceção.

 

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