Lusa | António Pedro Santos

Caboverdiano Eu.Clides mora em Paris e apresenta álbum de estreia “Declive”

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O músico cabo-verdiano Eu.Clides, residente em Paris, apresenta em maio em Lisboa e em junho no Porto o álbum de estreia, “Declive”, editado esta sexta-feira e que vai da música clássica à eletrónica, passando pelo gospel e pelos sons de Cabo Verde.

Nos concertos de apresentação de “Declive”, por enquanto em Portugal, que tem produção de Pedro da Linha, Eu.Clides estará em palco acompanhado pelos multi-instrumentistas Tota e Ricardo Coelho.

O percurso de Eu.Clides começa em 1996, em Cabo Verde, onde nasceu. Um ano depois, mudou-se para Portugal, onde aos oito anos começou a estudar guitarra clássica no Conservatório de Aveiro. “Só parei os estudos de guitarra clássica com 19, 20 anos, já em Paris”, onde vive atualmente, recordou.

Antes de começar a carreira a solo, e já a viver na capital francesa, acompanhou o grupo senegalês Daara J Family em digressão, e mais tarde passou a fazer parte da equipa da cantora cabo-verdiana Mayra Andrade, artista que ouvia “desde míudo”.

A solo, além de guitarrista, acabou por tornar-se também cantor por sentir que “quando cantava acabava por conseguir transmitir mais coisas às pessoas”.

Eu.Clides considera-se “muito melhor guitarrista do que cantor”, mas quando canta, além de poder passar uma mensagem através de palavras, “o próprio canto acaba por ser muito mais sensível, mais profundo e acaba por comunicar ainda melhor com as pessoas”.

“Senti que era esse o próximo passo. Sinto-me guitarrista, como é óbvio, mas muito mais do que isso, sinto-me artista, e acho que não dependo de uma guitarra para passar a minha música para as outras pessoas”, referiu.

Em 2020, divulgou o primeiro tema, “Terra-Mãe”, uma homenagem à Liberdade e ao 25 de Abril de 1974.

Seguiram-se “Ir para quê?” e “Tempo Torto”, este último em colaboração com Branko, com quem voltaria a trabalhar nos temas do EP “Reservado”, editado no ano seguinte, marcado também pela participação no Festival da Canção em Portugal e pelos primeiros concertos a solo.

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