Lusa | António Pedro SantosCaboverdiano Eu.Clides mora em Paris e apresenta álbum de estreia “Declive”_LusoJornal·Cultura·10 Março, 2023 [pro_ad_display_adzone id=”37509″] O músico cabo-verdiano Eu.Clides, residente em Paris, apresenta em maio em Lisboa e em junho no Porto o álbum de estreia, “Declive”, editado esta sexta-feira e que vai da música clássica à eletrónica, passando pelo gospel e pelos sons de Cabo Verde. Nos concertos de apresentação de “Declive”, por enquanto em Portugal, que tem produção de Pedro da Linha, Eu.Clides estará em palco acompanhado pelos multi-instrumentistas Tota e Ricardo Coelho. O percurso de Eu.Clides começa em 1996, em Cabo Verde, onde nasceu. Um ano depois, mudou-se para Portugal, onde aos oito anos começou a estudar guitarra clássica no Conservatório de Aveiro. “Só parei os estudos de guitarra clássica com 19, 20 anos, já em Paris”, onde vive atualmente, recordou. Antes de começar a carreira a solo, e já a viver na capital francesa, acompanhou o grupo senegalês Daara J Family em digressão, e mais tarde passou a fazer parte da equipa da cantora cabo-verdiana Mayra Andrade, artista que ouvia “desde míudo”. A solo, além de guitarrista, acabou por tornar-se também cantor por sentir que “quando cantava acabava por conseguir transmitir mais coisas às pessoas”. Eu.Clides considera-se “muito melhor guitarrista do que cantor”, mas quando canta, além de poder passar uma mensagem através de palavras, “o próprio canto acaba por ser muito mais sensível, mais profundo e acaba por comunicar ainda melhor com as pessoas”. “Senti que era esse o próximo passo. Sinto-me guitarrista, como é óbvio, mas muito mais do que isso, sinto-me artista, e acho que não dependo de uma guitarra para passar a minha música para as outras pessoas”, referiu. Em 2020, divulgou o primeiro tema, “Terra-Mãe”, uma homenagem à Liberdade e ao 25 de Abril de 1974. Seguiram-se “Ir para quê?” e “Tempo Torto”, este último em colaboração com Branko, com quem voltaria a trabalhar nos temas do EP “Reservado”, editado no ano seguinte, marcado também pela participação no Festival da Canção em Portugal e pelos primeiros concertos a solo. [pro_ad_display_adzone id=”46664″]