PSD: Luís Montenegro visitou o Cemitério militar português de Richebourg

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No quadro da semana dedicada às Comunidades portuguesas, intitulada “Sentir Portugal”, o Presidente do PSD, Luís Montenegro, esteve na semana passada em Roubaix, onde almoçou no restaurante Galo Douro, de Luís Costa, que também é autarca na cidade. No almoço estiveram alguns dos membros da Secção de Paris do partido.

Luís Montenegro visitou também o Cemitério Militar Português de Richebourg, na companhia de João Marques e da equipa do LusoJornal e visitou o Monumento ao soldado português em La Couture. Nestas duas visitas encontrou-se com o Maire de Richebourg, Jérôme Demulier, e com o Maire de La Couture, Raymond Gaquère.

O Líder do PSD respondeu às perguntas do LusoJornal.

O que lhe inspira a visita a estes locais que evocam a participação dos Portugueses na I Guerra mundial?

Muita gratidão. Gratidão pelos soldados que muito prontamente defenderam o nosso país e os nossos aliados na I Grande guerra, mas também por todos aqueles que ao longo de muitos anos têm mantido esta memória viva, pessoas como aquelas que aqui se encontram, como vocês, que merecem todo o nosso apoio, todo o nosso respeito, por manterem viva esta memória e por perpetuarem aquilo que é o nosso histórico, o nosso caminho, para deixar este legado àqueles que virão a seguir a nós, para não nos esquecermos quem somos, aquilo pelo que passamos, e aquilo pelo que devemos lutar para evitar momentos como aqueles que decorreram quando houve as Grandes guerras. Nós estamos aqui com uma guerra na Europa, e este espírito que na União Europeia se vive, de comunhão, da preservação dos valores da dignidade humana, das democracias e da paz, continua a ser um projeto que possa erradicar momentos de conflito como as que estão a acontecer neste momento.

Foi importante para si, ter este encontro com a história de Portugal aqui, no Norte da França?

Portugal é uma grande nação, uma nação com quase 9 séculos de história e é feita sobretudo de homens e de mulheres valentes que se dedicam às causas mais nobres e aqui é exatamente isso que acontece. Nós aqui homenageamos, evocamos aqueles que defenderam as nossas causas comuns e sobretudo é uma oportunidade também para perceber como é que nós podemos ajudar a manter viva esta chama e esta representação daquilo que é a nossa história. É por isso que teve uma grande utilidade para mim vir aqui – e confesso que também alguma emoção – porque os nossos valores da identidade nacional são uma referência cimeira para aqueles que se dedicam, como é o meu caso, à causa pública, à causa comum. É uma oportunidade estar em contato direto com as nossas Comunidades e com a Comunidade em França em particular, é uma oportunidade também de podermos, no futuro, contribuir para que não se percam estas referências e, pelo contrário, elas se possam preservar, aproveitar – como acontece aqui e eu tive a ocasião de perceber isso – transmitir aos mais novos que aqui passam em visitas escolares, que têm aqui alguns conteúdos até para poderem ter uma formação cívica mais aprofundada, que nós também possamos transportar isso para o nosso país e dessa maneira também ajudar os nossos jovens a compreenderem melhor quem somos.

Considera que a participação portuguesa na Grande Guerra de 14-18 é devidamente ensinada nas escolas portuguesas?

Eu penso que não. Nós temos uma tendência, na nossa escola, de começarmos, como é normal, por ensinar o início da civilização, depois passam pela criação da nossa nação e normalmente esta última fase do século 20 e até do século 21, mesmo em alguns casos o final do século 19, são aqueles conteúdos que ficam mais para o fim dos percursos académicos e nem sempre têm o tratamento tão valorizado como os outros momentos históricos. E há também um alerta que daqui sai: nós podermos começar a implementar na aprendizagem e nos conteúdos programáticos também as memórias que são mais recentes, mas carregadas de grande simbologia e mesmo de grandes reflexões para aquilo que são os momentos presentes. Porque as guerras, infelizmente, são cíclicas, os conflitos são cíclicos e hoje, que a Europa está confrontada com um momento de grande tensão e de guerra, também é talvez um despertar para podermos perceber aquilo que aconteceu nos últimos 100-120 anos e como é que nos fomos adaptando ao evoluir da situação e afirmando Portugal sempre como referencial da paz, um referencial de equilíbrio, de tolerância… acho que também é isso que nós temos de transmitir aos mais novos.

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LusoJornal