Miguel Monteiro consegue bronze nos Mundiais de atletismo paralímpico de Paris

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O atleta Miguel Monteiro conquistou ontem a medalha de bronze no lançamento do peso F40 nos Mundiais de atletismo paralímpico, que decorrem em Paris, conseguindo também a primeira vaga para Portugal nos Jogos Paralímpicos do próximo ano.

No estádio Charléty, em Paris, Miguel Monteiro, que é recordista do mundo da categoria F40 (atletas de baixa estatura), assegurou o bronze com um lançamento a 11,14 metros, terminando atrás do alemão Yannis Fischer (11,43) e do iraquiano Garrah Tnaiash (11,28), que conseguiram as medalhas de ouro e prata, respetivamente.

“Um dos objetivos era atingir lugares de pódio, mas sentimos que podíamos lançar mais. Esta medalha é fruto de muito trabalho, muitas horas na pista e no ginásio, e vamos continuar a trabalhar para alcançar ainda melhores marcas. Qualquer atleta sonha com a participação nos Jogos Paralímpicos e eu não sou menos nem mais, também sonho com isso”, afirmou Miguel Monteiro, em declarações ao Comité Paralímpico de Portugal (CPP).

Miguel Monteiro, de 22 anos, foi medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020.

Nos 400 metros T20 (deficiência intelectual), Carina Paim foi segunda nas eliminatórias, com o tempo de 58,03 segundos, que é o seu melhor registo do ano, e garantiu presença na final, agendada para esta quarta-feira, às 10h22.

Delegação de 10 atletas

Portugal está representado por 10 atletas nos Mundiais de atletismo paralímpico Paris2023, que têm como principal objetivo a abertura de quotas para os Jogos Paralímpicos, que se disputam no próximo ano, também na capital francesa.

“O primeiro objetivo é tentar colocar o maior número de atletas entre os quatro primeiros para abrir conta para o país. Depois, se for possível, algum desses atletas lutar ser medalhado, tanto melhor”, disse José Silva, Coordenador técnico de atletismo adaptado, da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), à Lusa.

A Seleção portuguesa, constituída por 10 atletas, dos quais seis mulheres, junta experiência e juventude, com quatro dos participantes a estrearem-se em competições mundiais seniores.

“Temos um grupo variado de atletas, cada um tem a sua expectativa, desde aqueles que vieram com o objetivo de conseguir medalhas, aos que têm como objetivo fazer a sua melhor marca pessoal, ou a melhor marca da época”, afirmou José Silva.

No estádio Charléty, em Paris, os estreantes Igor Oliveira, Mamudo Baldé, Márcia Araújo e Sara Araújo juntam-se a seis atletas com experiência em Jogos Paralímpicos: Ana Filipe, Carina Paim, Carolina Duarte, Cláudia Santos, Miguel Monteiro e Sandro Baessa.

O lançador do peso Miguel Monteiro, campeão europeu, recordista mundial e bronze nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, e conquistou a primeira medalha.

Filipe Rebelo, vice-Presidente do Comité Paralímpico de Portugal (CPP), que chefiará a missão, destacou o facto de a equipa lusa integrar atletas jovens e ter mais mulheres do que homens. “Esta equipa mostra o trabalho que continua a ser feito na captação de novos talentos, de forma a contribuir para a diminuição da média de idades dos nossos atletas”, afirmou em declarações à Lusa, reiterando a “importância dos atletas portugueses conseguirem garantir quotas para os Jogos Paris2024”.

Os quatro primeiros classificados de cada prova dos Mundias, que decorrem sob a égide da World Para Athletics (WPA), abrem quota não-nominal para o respetivo país para os Jogos Paralímpicos Paris2024.

A competição começou na segunda-feira e decorre até 17 de julho.

Seleção portuguesa:

Ana Filipe (salto em comprimento T20 – deficiência intelectual)

Carina Paim (400m T20 – deficiência intelectual)

Carolina Duarte (400m T13 – deficiência visual)

Cláudia Santos (salto em comprimento T20 – deficiência intelectual)

Igor Oliveira (400m T20 – deficiência intelectual)

Mamudo Baldé (100m T54 – deficiência motora)

Márcia Araújo (200m e 400m T12 – deficiência visual)

Miguel Monteiro (lançamento do peso F40 – deficiência motora)

Sandro Baessa (1500m T20 – deficiência intelectual)

Sara Araújo (100m e 200m T12 – deficiência visual)

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LusoJornal