Legislativas’24: Cármen Sonnberger é a candidata do Volt ao círculo eleitoral da Europa


Cármen Sonnberger foi eleita, em Conselho Nacional do Volt, para representar o partido pan-europeu no círculo eleitoral da Europa, nas eleições legislativas de 10 de março.

Formada em Ciências Políticas, com 24 anos, esta é a primeira vez que se candidata ao círculo eleitoral para onde emigrou há seis anos.

Natural de Lisboa, Cármen Sonnberger licenciou-se em Ciências Políticas e está a tirar o mestrado em Estudos de Desenvolvimento, ambos na Universidade de Viena, na Áustria. “É com grande sentido de responsabilidade que me candidato para representar na Assembleia da República os direitos de todos os Portugueses emigrantes na Europa. Tivemos várias vagas de emigrantes ao longo do tempo e para locais diferentes da Europa. Mas é muito mais o que nos une do que aquilo que nos separa”.

Filha de uma assistente de bordo portuguesa e de um engenheiro informático austríaco, Cármen candidata-se pela primeira vez em Portugal, estando particularmente preocupada com “a quantidade de jovens a emigrar” e com “os direitos da diáspora portuguesa, a qual sente dificuldades sérias em participar na vida política de Portugal e um esquecimento crónico por parte dos seus governantes”.

No seu percurso político, tem sido vocal sobre a participação jovem na política, a mobilidade sustentável e a igualdade de género. Juntou-se ao Volt Áustria em 2020 com o intuito de ser politicamente ativa, onde durante a campanha às eleições distritais e autárquicas foi coordenadora de candidatos e ao mesmo tempo cabeça de lista do oitavo distrito “Josefstadt”.

“A minha candidatura à Assembleia da República faz ainda mais sentido no contexto de um partido pan-europeu, que me permite participar na vida política de Portugal e da Áustria simultaneamente”, diz Cármen Sonnberger.

O programa político do Volt propõe reformas significativas para a diáspora portuguesa nas legislativas de 2024, incluindo a modernização do sistema eleitoral com voto eletrónico, garantindo representação justa dos emigrantes. Acentua ainda a importância da educação na língua portuguesa, acessível tanto presencialmente como online, para garantir a transição cultural para as gerações seguintes, bem como assegurar o eventual retorno para estudos, trabalho ou negócios. Além disso, o programa enfatiza os benefícios económicos para o país do fortalecimento das relações de investimento e de transacções comerciais da diáspora, com foco especial para os setores cultural e audiovisual e de vários outros sectores de inovação tecnológica e científica.

O Volt apresenta-se às eleições legislativas de 2024 com candidatos por várias regiões do país, sendo Inês Bravo Figueiredo (círculo de Lisboa) a sua candidata a Primeira Ministra. Assumindo-se como um “partido ecologista, progressista, moderado e inclusivo”, o Volt defende “o projeto europeu como elo central para o crescimento e desenvolvimento sustentável da economia e do tecido social nacional”.

Fundado em 2017, o Volt está presente em 31 países, e agrega e mobiliza pessoas comprometidas com uma “sociedade mais aberta, inclusiva, justa, solidária e que respeita os direitos e liberdades fundamentais”. Defende a igualdade de oportunidades, o desenvolvimento social e económico democrático plural e responsável, a defesa do meio ambiente, a preservação da natureza e um futuro mais sustentável.

O partido conta, atualmente, com dois Eurodeputados no Parlamento Europeu: Damian Boeselager, eleito pelo Volt Alemanha em 2019, e mais recentemente Sophie in ‘t Veld, que se juntou ao Volt depois de deixar o seu antigo partido nacional nos Países Baixos.

O Volt Europa conta com mais de 25.000 membros e mais de 150 representantes eleitos em vários países europeus, incluindo nos parlamentos nacionais da Bulgária, Chipre e Países Baixos.

LusoJornal