Comité Olímpico de Portugal

Paris’24: Pauleta está a viver “experiência incrível” e já se sente um pouco olímpico


O ex-futebolista Pedro Pauleta está a viver uma “experiência incrível” como Adido da Missão portuguesa aos Jogos Olímpicos na ‘sua’ Paris, assumindo que já sente um pouco do espírito olímpico.

Quase sempre ao lado da ex-nadadora Diana Gomes, agora Presidente da Comissão de Atletas Olímpicos, o ex-jogador do Paris Saint-Germain, entre outros, Pauleta diz que esta “está a ser uma experiência magnífica” para quem vem “do mundo do futebol, um desporto mais coletivo”.

“Estar aqui presente com os nossos atletas tem sido uma experiência de facto totalmente diferente. Poder acompanhar todas as modalidades em que Portugal está a participar, poder estar com os atletas antes e depois das provas é de facto um momento único, e ver o esforço e a dedicação que eles têm em cada prova”, referiu, em declarações à Lusa.

Pauleta diz que “é uma alegria” ver os Portugueses a competirem num evento tão importante como este, considerando que “muitos deles fazem milagres”, devido a todo “o trabalho, a dedicação que eles têm de meter” para chegar aqui.

“Muitas vezes, nas provas, estão sozinhos, não podem estar pessoas ao pé deles, enquanto no futebol nós estamos sempre rodeados de tanta gente. Portanto, acho que estes miúdos merecem todo o nosso apoio e é isso que tenho tentado fazer juntamente com a Diana, já que somos os dois Adidos aqui aos Jogos Olímpicos, mas a experiência está a ser fantástica e acho que os nossos atletas têm sido brilhantes, independentemente do resultado”, salientou.

Esta é a segunda vez que Pauleta está em Jogos Olímpicos, depois de ter estado no Rio2016 com a Seleção de futebol, como dirigente, edição me que não teve a oportunidade de viver o evento como agora. “São dois Jogos Olímpicos completamente diferentes, mas já são dois Jogos Olímpicos presente. Gostava muito de ter sido um atleta olímpico, não fui, mas como dirigente e agora como Adido acho que já entrei nesse espírito olímpico, acho que já consigo ver de maneira diferente o que é preciso, o que se sofre, o que tem que se dedicar, o apoio que temos que dar aos atletas”, salientou.

Pauleta diz que este “é um momento único” para os desportistas, “independentemente de conseguirem uma medalha ou não, um diploma ou não”.

“Acho que só o facto de ver os nossos atletas a competir com o símbolo de Portugal, acho que já é um motivo de grande orgulho para nós e para todos os emigrantes que têm estado aqui a acompanhar os nossos atletas”, defendeu.

Entre 2003 e 2008, Pauleta foi uma das grandes figuras do Paris Saint-Germain e, 16 anos depois, ainda é reconhecido na rua e são muitos os que vão pedindo ‘selfies’ com o açoriano, agora com 51 anos. “Tive a felicidade de deixar uma marca aqui na cidade, no clube, as pessoas ainda reconhecem esse trabalho que desenvolvi, o respeito que tive por eles sempre durante os anos todos. Essa ligação continua com Paris, e cada vez está mais forte, portanto fico satisfeito, é óbvio que é um motivo de orgulho, já passaram 16 anos que eu deixei Paris, que eu deixei França, e as pessoas continuam com esse carinho, deixa-me bastante feliz”, confessou.

Numa cidade que lhe “diz muito”, Pauleta elogiou os palcos das provas, “sempre lindíssimos”, e a cultura desportiva que existe em França, que faz com que os recintos estejam sempre cheios de público, algo que ainda falta em Portugal.

“Ainda hoje de manhã, um colega meu do Paris Saint-Germain me ligou a perguntar sobre os resultados, os atletas, ‘mas vocês têm tanta gente a fazer desporto’. Não é bem assim, temos muita gente no futebol, nas outras modalidades precisamos de crescer, acho que devemos crescer, acho que todos nós, todas as federações, o Governo, toda a gente em Portugal devemos refletir, porque, de facto, temos que melhorar nesse aspeto, temos de ter mais atletas, mais clubes, e isso é bom para todos”, referiu.

Considerando que “nem todos vão chegar a um patamar para competir”, Pauleta considera que “o mais importante é que qualquer criança, qualquer pessoa faça desporto em Portugal, independentemente da modalidade que quiser fazer, e que haja espaços, que haja zonas, que haja sítios, que haja clubes para que todas as crianças possam fazer desporto”.

Nas bancadas, em quase todas as provas em que há Portugueses, Pauleta tem sido acompanhado por Diana Gomes, a outra adida da Missão nacional, com o Açoriano a considerá-la “uma miúda espetacular”, “uma atleta olímpica”, que “vive cada competição, cada momento, com cada atleta, com carinho, com uma dedicação enorme”.

“Acho que é uma pessoa com que temos muito que aprender e aproveitar dela, porque, de facto, é uma miúda que tem que estar nesse projeto olímpico, no projeto das modalidades, porque o envolvimento dela, a dedicação dela, o amor que ela tem a todas as modalidades, a forma que ela se dedica a todos os miúdos que estão aqui é, de facto, algo notável”, afirmou.

Assegurando que tem “aprendido bastante” com a ex-nadadora, Pauleta considera que Diana Gomes “merece e tem de estar nessas competições, porque ela é mais do que uma adida aqui nos Jogos Olímpicos”.

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Nuno Filipe Ortega, Lusa


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