Lusa | José Sena Goulão

Aliança das Civilizações: Marcelo diz que a “nossa diáspora universal” nos torna “verdadeiramente grandes”


O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu ontem que há urgência na reunião da Aliança das Civilizações da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada em Portugal, num mundo “dominado pelo egoísmo”.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no Centro de Congressos do Estoril, no concelho de Cascais, distrito de Lisboa, na abertura do 10º Fórum Global da Aliança das Civilizações.

O Chefe de Estado português deu “as boas-vindas a Portugal” aos participantes neste fórum, destacando as presenças do Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, do monarca espanhol, Felipe VI, e do Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, entre outras.

Numa curta intervenção, feita em português, o Presidente da República defendeu “a urgência da reunião de hoje, de uma aliança inspirada pelas Nações Unidas e pelo Secretário-geral António Guterres”.

“Esta urgência é especialmente relevante num mundo que, mais uma vez, se encontra dominado pelo egoísmo, pela arrogância, pela intolerância, pelo isolacionismo”, acrescentou.

Perante os participantes neste fórum, Marcelo Rebelo de Sousa apresentou Portugal como um país que constitui “uma ponte única entre oceanos e nações”.

“País pequeno em dimensão territorial, mas imenso na nossa plataforma continental, a maior da Europa, e uma das maiores do mundo”, descreveu.

“Contudo, o que nos torna verdadeiramente grandes é a nossa diáspora universal, composta por pessoas afáveis e tolerantes, que fazem de Portugal uma ponte única entre oceanos e nações”, considerou.

Neste discurso, o Chefe de Estado evocou o antigo Presidente da República Jorge Sampaio, primeiro alto representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, entre 2007 e 2013, que foi homenageado ontem.

Marcelo Rebelo de Sousa, que participou nessa sessão de homenagem, recordou Jorge Sampaio como “um amigo querido, mas sobretudo um grande lutador pela paz, fraternidade, liberdade e dignidade humana”, que será lembrado “para todo o sempre”.

A Aliança das Civilizações das Nações Unidas, criada em 2005, tem como missão promover o diálogo e a cooperação interculturais e inter-religiosos contra os extremismos. Tem atualmente como alto representante o espanhol Miguel Ángel Moratinos.

Hoje, ao fim do dia, o Presidente da República irá oferecer um jantar aos chefes de delegação e outros participantes de alto nível desta iniciativa das Nações Unidas, no Palácio da Cidadela de Cascais.

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