LusoJornal | António BorgaJosé Luís Carneiro e Olivier Faure combinaram uma cooperação entre os partidos socialistas dos dois paísesCarlos Pereira·Política·24 Setembro, 2025 O Secretário-Geral do Partido Socialista (PS) português, José Luís Carneiro, esteve ontem em Paris, em companhia do Adjunto para as Comunidades portuguesas, Paulo Pisco, e encontrou-se com o Primeiro-Secretário do PS francês, Olivier Faure. Explicando que o PS português está a recuperar bem, José Luís Carneiro disse que o Partido Socialista francês, está “também a recuperar a confiança” dos eleitores, e apontou para uma “cooperação futura” entre os dois partidos. A cooperação entre o Partido Socialista de Portugal e França é “fundamental” e “vital na Europa” para revitalizar o socialismo europeu, e também “no plano de afirmação em cada um dos países”, segundo José Luís Carneiro. “Nós queremos uma economia que crie riqueza, que seja capaz de crescer. Mas ela tem que crescer com preocupações de justiça social, de uma boa redistribuição de recursos que são comuns. Uma economia que se baseia no conhecimento, uma economia baseada na utilização de recursos de forma sustentável e uma economia que crie emprego, e que crie emprego qualificado e protegido”, acrescentou. Já o líder francês acredita que “uma cooperação duradoura” servirá para “reencontrar uma credibilidade” e mostrar que “a alternativa está à esquerda”. Olivier Faure defendeu que a maior dificuldade do PS na Europa é que “os socialistas se tornaram liberais como os outros” e difíceis de distinguir. “É assim que a extrema-direita, em particular, conseguiu encontrar um ponto de encerramento, porque eles conseguiram fazer acreditar que eles poderiam ser o outro caminho. Mas o outro caminho contra o liberalismo é a esquerda que o carrega”, disse Olivier Faure, justificando-se com o exemplo Estados Unidos, em que a extrema-direita é “ultraliberal, ultraconservadora e sempre ligada ao dinheiro”. Em declarações ao LusoJornal, José Luís Carneiro disse que no encontro com Olivier Faure, “pude trocar algumas impressões sobre, por um lado, as prioridades políticas europeias e, em segundo lugar, sobre a importância da cooperação entre os partidos socialistas, trabalhistas e sociais-democratas europeus, nomeadamente no que respeita ao sul da Europa”. Acrescentou também que “ficou estabelecida uma agenda de trabalhos que agora terão prosseguimento”.