Cônsul de Portugal em Lyon participou em Palestra sobre Grande Guerra e Armistício de 1918

O Cônsul-Geral de Portugal em Lyon, Luís Brito Câmara, participou ontem numa Palestra sobre a Grande Guerra e o Armistício de 11 de novembro de 1918, que se realizou no Goethe Institut, em Lyon, juntamente com representantes dos Institutos europeus em Lyon (Instituto Camões de Portugal, Goethe Institut alemão, Instituto Cervantes espanhol, Instituto italiano, Polónia).

O encontro reuniu mais de 100 ouvintes e permitiu abordar a Primeira Guerra Mundial e o Armistício na perspetiva nacional de cada país que participou, designadamente na vertente política, financeira, social e cultural. A apresentação foi seguida de debate e perguntas e permitiu uma interação dinâmica sobre eventos históricos cruciais que contribuíram após 1918 para redesenhar a Europa e que provocaram o surgimento de regimes extremistas a partir dos anos vinte.

O Cônsul Geral de Portugal em Lyon referiu a participação portuguesa no conflito, com o Corpo Expedicionário Português de 55.000 homens “e o sacrifício de quase 9.000 homens na Batalha de La Lys em abril 1918”.

Informou que Portugal irá participar na cerimónia de comemorações que terão lugar em Paris no próximo dia 11 de novembro, nomeadamente com o Presidente da República e que uma Cerimónia sobre o Armistício teve lugar em Lisboa, a 4 de novembro, com a presença das mais altas autoridades portuguesas e um desfile militar de todos os ramos das Forças Armadas de 4.500 elementos.

Luís Brito Câmara relembrou a situação de “enorme instabilidade política e financeira portuguesa após o fim da Grande Guerra, a influência da revolução em 1910 que proclamou a República e a chegada ao poder, em 1928, de um ditador que instaurou uma ditadura de extrema direita que apenas teve fim em 1974, com a Revolução do 25 de Abril”.

O diplomata sublinhou ainda a importância que têm acontecimentos históricos do passado sobre o presente e o futuro, e neste contexto, salientou ser “essencial conhecer-se bem a História, designadamente a História europeia, para se evitar impasses e situações de conflito”. Sugeriu aos presentes que lessem o livro “Os Sonâmbulos” de Christopher Clark, que explica de forma surpreendente como é que os países europeus acabaram por estar envolvidos na Primeira Guerra Mundial sem se terem apercebido disso.

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LusoJornal