Covid-19: PR de Cabo Verde pede firmeza aos emigrantes em países afetados pela pandemia

O Presidente da República de Cabo Verde dirigiu ontem uma mensagem de encorajamento aos emigrantes cabo-verdianos, pedindo que se mantenham “firmes” nos países onde vivem e trabalham, já fortemente afetados pela pandemia de Covid-19.

“Aos nossos concidadãos e descendentes, residentes e trabalhadores nos Estados, cidades e localidades do mundo, muito afetados pela pandemia do novo Covid-19, endereço uma palavra especial de encorajamento e de conforto, e o meu forte apelo para que se mantenham firmes, com a esperança que nos é peculiar como povo sobrevivente que somos, vencedores de tantos desafios”, lê-se na mensagem de Jorge Carlos Fonseca.

No arquipélago de Cabo Verde vivem cerca de 600 mil pessoas, enquanto na diáspora estima-se uma Comunidade de um milhão de cabo-verdianos, incluindo descendentes, sobretudo em países como a França.

“Apelo à serenidade de todos. Informação é poder e façamos todos por ter a informação correta, fidedigna, descartando toda a informação errada causadora de dúvidas. Estejamos atentos, sejamos responsáveis e rigorosos no cumprimento das medidas de prevenção e contenção, contribuindo para a redução do ciclo de transmissão”, apelou o Chefe de Estado na mensagem dirigida aos Embaixadores, Cônsules e às Comunidades cabo-verdianas no exterior.

Cabo Verde, que não registou até ao momento qualquer caso de Covid-19, provocada por um novo coronavírus, depende economicamente dos mais de 750 mil turistas que recebe anualmente. Contudo, desde ontem, por decisão do Governo cabo-verdiano, e pelo menos até 09 de abril, estão proibidas as ligações aéreas oriundas de 26 países, incluindo Portugal e França.

Face ao risco de pandemia no arquipélago, o Governo avançou ainda com um plano de contingência com fortes medidas de proteção e restrições, como o enceramento dos bares e restaurantes às 21h00, proibição de visitas a lares e aos centros onde estejam pessoas de terceira idade e aos estabelecimentos prisionais e às visitas aos hospitais e outros estabelecimentos de saúde.

Estas medidas, que incluem ainda a antecipação para 23 de março do início das férias escolares da Páscoa, vão estar em vigor por um período de pelo menos 30 dias.

 

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