Saúde: Queimaduras solares no verão_LusoJornal·Saúde·5 Julho, 2023 [pro_ad_display_adzone id=”37510″] As queimaduras solares – ou os vulgares “escaldões” são lesões rosa – avermelhadas dolorosas ao toque na pele que provocam uma sensação de ardor. Estas lesões aparecem, algumas horas depois uma grande exposição à radiação ultravioleta (UV) proveniente da luz solar ou fontes artificiais – os solários. O sol emite três comprimentos de onda de luz ultravioleta UVA, UVB e UVC. A luz UVC não atinge a superfície da Terra. Os outros dois tipos de radiação ultravioleta A e B atingem a superfície da terra e penetram a pele do ser humano. Ou seja, os danos no ADN das células da pele são causados pelos raios UVA e UVB. O mais importante é saber que as radiações UVA não se sentem, elas atingem a pele sem provocar nenhuma sensação – no entanto o efeito é muito prejudicial pois provoca uma queimadura mais profunda que só aparece horas mais tarde. São as radiações mais frequentes num dia nublado. Com o tempo, elas são responsáveis pelo envelhecimento precoce, manchas e rugas nas zonas expostas da pele. Já com as UVB não se passa o mesmo – quando chegam a nossa pele sentimos o calor – sendo o calor proporcional a intensidade da radiação e da futura lesão cutânea, o dito escaldão. A pele apesar de ter um pigmento intrínseco – a melanina – que é produzido por uma das células da camada da pele e ter como função de nos proteger das radiações solares – funcionando com espelho e refletindo algumas radiações – mesmo assim esta proteção só funciona até um certo ponto pois com o passar do tempo os UVBs vão provocar dano cutâneo. A exposição intensa e repetida à radiação UV, que provoca as queimaduras solares, aumenta o risco de outras alterações na pele, como manchas eritematosas e ásperas e/ou pele seca ou envelhecimento precoce. No entanto, estas queimaduras podem ter consequências mais graves como aumentar o risco de desenvolvimento de certos tipos de cancro de pele, como por exemplo o melanoma, entre outros. Embora sejam muito comuns, é possível evitar estas queimaduras solares e outros problemas associados às mesmas, protegendo a pele contra os raios UV.. Como reconhecer uma queimadura solar? Os sinais e sintomas das queimaduras solares, geralmente, aparecem dentro de algumas horas, após a exposição ao sol, e podem variar consoante a gravidade da lesão: – Dor de cabeça, febre, náuseas e cansaço, – Pele quente, sensível e dor ao toque, – Pele rosa-avermelhada dolorosa e quente ao toque em zona que foram expostas as radiações, – Comichão local com inchaço local – Podem aparecer pequenas bolhas cheias de fluido, que rebentam com facilidade, Qualquer parte exposta do corpo incluindo os olhos, orelhas, couro cabeludo ou lábios, pode ser afetada pela radiação UV. A população com maior fator de risco é a de pele clara, olhos azuis, cabelo ruivo ou loiro, viver ou passar férias em pais tropical, quente ou em alta altitude. Trabalhar ao ar livre; exposição regular da pele desprotegida à luz UV; uso de certos medicamentos fotossensibilizantes podem provocar uma maior sensibilidade na pele, ao receber radiação UV; certas doenças autoimunes como Albinismo. O tratamento nas queimaduras solares não cicatriza a pele, no entanto, pode reduzir a dor, inchaço e o desconforto provocado pelas lesões. Se os cuidados em casa não estiverem a surtir efeito ou se a queimadura for muito grave, o médico especialista dermatologista pode recorrer a medicação adequada consoante o grau de queimadura solar. O tratamento tem dois objetivos: aliviar a sintomatologia na pele avermelhada, inflamada e aliviar a dor. Existem algumas medidas que pode fazer em casa: usar compressas frias ou tomar um banho frio para acalmar a queimadura; usar cremes ou pomadas hidratantes e com ingredientes como corticoides ou cremes com ceramidas, beber muitos líquidos, como água e sumos naturais e evitar o álcool. Senão for suficiente estas medidas, será aconselhável ir ao hospital. Há sinais de alerta tais como: Febre com calafrios; dor e ardor intenso; queimaduras solares que cobrem 20% ou mais do corpo; sede intensa, boca seca, micção reduzida, tonturas, fadiga e dor de cabeça. . Devemos sempre prevenir as queimaduras… – Evitar a exposição solar nas horas onde a radiação UV é mais intensa normalmente entre as 10h00 e as 16h00. Entre as 12h00 e as 14h00 é quando a exposição à radiação UV é mais intensa e altamente desaconselhada; – Usar roupas que protejam do sol, como chapéus com abas, camisolas coloridas e calças óculos de sol, – Usar protetor solar, mesmo em dias nublados, com um fator de proteção solar SPF 30+; idealmente FPS 50+. As crianças devem usar um protetor mineral e não físico SPF 50+. – Reaplicar o protetor solar de 2 em 2 horas; e reaplicar se forem ao banho e a intensidade estiver muito intensa. Dra. Alexandra Osório Dermatologista Cirurgiã Clínica Fisiogaspar [pro_ad_display_adzone id=”46664″]