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4 de outubro 1910
Às 00h45, Revolucionários republicanos apoderam-se das primeiras unidades militares.
O Presidente do Brasil em visita a Lisboa é convidado à deslocar-se à Câmara Municipal de Lisboa.
Navios favoráveis aos Revolucionários tomam posição na barra do Tejo, apontando para o Palácio Real das Necessidades e para a Praça do Comércio. O rei e a família real refugiam-se em Mafra, antes de embarcar na praia da Ericeira para Gibraltar e em seguida para a Inglaterra.
O Republicano Cândido dos Reis suicida-se.
Concentram-se forças revoltosas na Rotunda, em Lisboa, onde é instalado um Hospital de sangue.
Ainda na noite de 4 para 5 de outubro, desembarcam Marinheiros na Baixa de Lisboa.
5 de outubro de 1910
Proclamação da República Portuguesa na varanda dos Paços do Concelho de Lisboa.
Formação de um Governo provisório presidido por Teófilo Braga.
O Encarregado de Negócios da Alemanha em Lisboa dirige-se às tropas governamentais, pedindo um armistício de uma hora, para que os seus compatriotas possam abandonar a capital portuguesa.
Realiza-se uma sessão extraordinária da Câmara Municipal de Lisboa, sob a presidência da Anselmo Braamcamp Freire.
Pouco a pouco a República é proclamada nas grandes cidades de Portugal.
Vindo da França, o caricaturista Leal da Câmara chega a Lisboa.
Portugal é considerado o segundo país republicano na Europa, após a França (21 de setembro de 1792), considerando que a República Helvética (Suíça) é um caso à parte.
O 1° Governo provisório de Teófilo Braga (5 de outubro) toma rapidamente diversas medidas com os seus Ministros:
António José de Almeida é nomeado Ministro do interior.
Basílio Teles é nomeado Ministro das Finanças.
Correia Barreto toma o cargo de Ministro da Guerra.
Augusto José da Cunha toma o cargo de Governador do Banco de Portugal.
Afonso Costa toma o cargo de Ministro da Justiça.
Amaro de Azevedo Gomes toma o cargo de Ministro da Marinha.
António Luís Gomes toma o cargo de Ministro das Obras Públicas.
Bernardino Machado toma o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros.
Separação da Igreja e do Estado, Lei do Ministro da Justiça, Afonso Costa.
Mais de 40.000 pessoas deixam Portugal.
O Palácio de Belém, construído no século XVI (Quinta de Belém), passa a ser a Residência oficial do Presidente da República.
Publicação de um texto pelos Bispos, onde são contra a Lei de separação da igreja e da Lei do divórcio.
O Governo provisório proíbe a leitura do texto nas igrejas.
O Palácio da Ajuda é encerrado.
6 de outubro de 1910
Proclamação da República no Porto e, em seguida, em todo o país.
Alterações na toponímia da cidade de Lisboa, e em Reunião na Câmara Municipal de Lisboa, presidida por Anselmo Braamcamp Freire, Nunes Loureiro apresenta uma proposta aprovada por aclamação: Rua da Bela Rainha torna-se Rua da Prata, Rua Nova da Princesa torna-se Rua dos Fanqueiros, Rua de El-Rei torna-se Rua do Comércio, Avenida António Maria de Avelar passa a ser Avenida do Cinco de outubro, Avenida Ressano Garcia massa a chamar-se Avenida da República, Avenida D. Amélia fica Avenida Almirante Reis, Rua de D. Carlos I torna-se Avenida das Cortes, Praça de D. Fernando passa a ser Praça Afonso de Albuquerque, Avenida José Luciano fica Avenida Elias Garcia, Paço da Rainha torna-se Largo da Escola do Exército, Rua Motta Veiga muda para Rua de Ponte Delgada, Avenida Hintze Ribeiro passa a ser Avenida Miguel Bombarda e Rua Martinho Guimarães torna-se Avenida de Berna.
Eusébio Leão, nomeado Governador Civil de Lisboa, entrega o policiamento de Lisboa às Comissões paroquiais republicanas.
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