Home Comunidade Leiria e Quint-Fonsegrives, uma história de geminaçãoMarco Martins·3 Junho, 2019Comunidade A cidade de Leiria assinou um Protocolo de geminação com a cidade francesa de Quint-Fonsegrives, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, em 2013. Esse Protocolo foi assinado pelos dois Presidentes das respetivas Câmaras: Raul Castro de Leiria e o homólogo francês Bernard Soléra. A ligação entre as duas cidades tem mais de dez anos como nos referiu Manuel Fernandes, Conselheiro municipal de Quint-Fonsegrives: “Na nossa cidade os Portugueses não são originários de Leiria. Tudo aconteceu graças à antiga Vice-Cônsul portuguesa em Toulouse, Noélia Pacheco. A primeira vez que fomos a Leiria foi em 2004. Na altura o meu filho era andebolista, bem como os filhos de amigos meus. O nosso objetivo era entrar num Torneio de andebol. A antiga Vice-Cônsul portuguesa em Toulouse ajudou-nos a fazer os primeiros contactos e foi assim que jogámos lá em dois Torneios em 2004 e 2005. A partir daí conversámos com o Presidente da Câmara de Leiria e o projeto de geminação arrancou apenas em 2009. Apesar das pessoas pensarem o contrário, não somos de Leiria, mas há Portugueses em Toulouse que são de Leiria. Em Quint-Fonsegrives há uma centena de Portugueses, é uma pequena cidade, mas em Toulouse há muitos mais”, frisou. Uma geminação que tem dado os seus frutos: “Todos os anos há intercâmbios entre as duas cidades. Este ano, a 8 de maio, um grupo francês foi até Leiria, e depois houve um Coro português que veio até Quint-Fonsegrives. Durante o ‘Festival de curtas-metragens – Brèves d’Images’, a 15 de junho, vamos ter seis portugueses que vão estar presentes. É um concurso. Mas todos os anos vamos a Portugal e eles vêm cá”. “Noutros setores, enviámos dois camiões cheios de material para um centro hospitalar que se chama Cercilei – Instituição de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, ao serviço das pessoas com deficiência intelectual. Isto sem esquecer a ligação desportiva entre as duas cidades”, assegurou ao LusoJornal, antes de acrescentar: “A ligação é forte, aliás ajudámos à reconstrução de uma casa depois dos incêndios de Pedrógão Grande. A nossa associação ajudou a construir a casa com associações de Pedrógão Grande. A casa foi construída porque era a casa da pessoa que foi o mais gravemente queimado [ndr: 85% do corpo de Carlos Guerreiro estava queimado]. Ele ficou em tratamentos durante cerca de um ano em Espanha. Decidimos ajudá-lo e participámos com 24 mil euros para a casa, 5 mil euros foram concedidos pelo Conselho Municipal de Quint-Fonsegrives”, admitiu. O primeiro passo da aproximação entre Leiria e Quint-Fonsegrives foi a assinatura de um Acordo de Cooperação e Amizade, em 2010, que contribuiu para intensificar e enriquecer as relações nas áreas cultural, desportiva, económica e educativa. No entanto até chegar à geminação, o percurso não foi fácil. “A ideia de fazer a geminação surgiu em 2009, aliás vamos festejar os dez anos em setembro. A geminação nunca é fácil. O processo é complicado, os Presidentes das Câmaras não estão sempre abertos a esse tipo de acordos. Primeiro tem de haver um Acordo de amizade, uma aproximação, e só depois é que se chega a uma assinatura de geminação”, sublinhou. Manuel Fernandes até vai mais longe na geminação com Leiria. “Leiria deve estar geminada com 12 cidades e acho que somos a mais ativa porque todos os anos temos eventos juntos”, concluiu o Conselheiro Municipal de Quint-Fonsegrives. [pro_ad_display_adzone id=”25427″]