LusoJornal | António Borga

Opinião: Uma história extraordinária na gestão de condomínios

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É relativamente fácil encontrar empresas de portugueses residentes no estrangeiro que já estejam consolidadas. Só em França haverá mais de 40 mil, algumas de natureza familiar, outras de grande dimensão. Mas já não é tão frequente encontrar start-ups de sucesso, pelos seus valores, pela forma como se impuseram e como cresceram.

E, no entanto, elas existem. E se existem é porque podem ser uma inspiração para outras. Um exemplo de como é possível vencer se houver boas ideias, mente aberta e ousadia, neste como noutros domínios e que, por isso mesmo, considero da maior importância o seu reconhecimento e valorização.

A empresa Bellman é um desses casos, diria, surpreendentes, porque foge aos padrões tradicionais e apresenta uma mistura de classe, ambição e humildade. Aos seus colaboradores é exigido um perfil que se ajuste aos valores da empresa, que em troca lhes retribui com boas condições de trabalho e um ambiente dinâmico e descontraído onde dá gosto trabalhar.

António Pinto é o jovem Diretor da Bellman, empresa de gestão de condomínios que tem a sua sede no coração de Paris, num local de prestígio. É dinâmico, bem ciente dos seus objetivos, com uma ambição serena, sem ostentação e com aquela característica muito portuguesa que é a simplicidade e a humildade, o que torna tudo ainda mais extraordinário.

António Pinto tem orgulho nas suas raízes portuguesas, ao mesmo tempo que tem orgulho em ser francês, sentindo-se grato pelo que a França lhe proporcionou. E tem também muito orgulho na mãe, que foi porteira, como tantos milhares de Portuguesas em França, em cujo métier absorveu os problemas que existem na gestão de condomínios.

Não há quem não pense que as questões relacionadas com o condomínio são um aborrecimento que é melhor deixar para outros. E é nisso que a Bellman aposta: fazer bem aquilo que poucos têm paciência para fazer. Foi aí que António Pinto viu uma oportunidade, aplicando o seu saber académico como engenheiro informático, formado numa das melhores escolas de França. Depois de uma experiência bem sucedida com a criação de uma aplicação para gerir programas de televisão, que vendeu nos Estados Unidos por bom dinheiro, lançou-se na gestão de condomínios, com uma start-up extraordinariamente competente e profissional. Os seus valores são a transparência e a rapidez na resposta aos problemas que surgem na vida dos condomínios.

Para lançar o seu projeto, andou com os pais a distribuir folhetos para tentar convencer que a sua empresa era melhor que as outras. Um início, portanto, da forma mais básica e simples. E à medida que ia arranjando clientes e dando a conhecer a qualidade ímpar dos seus serviços, cresceu num ápice. Em três anos passou de zero para 120 empregados e trabalha com cerca de 40 empresas que lhe fornecem outros serviços, algumas delas de Portugueses. Só a trabalhar na melhoria do software de gestão de condomínios tem 15 colaboradores em permanência.

Hoje a Bellman tem 12 mil clientes e um volume de negócios de 2,6 milhões de euros.

A empresa tem visão. Tem valores. Trata bem os seus colaboradores. Tem ambição e dinamismo. E está a preparar a sua expansão para outras cidades de França. E, claro, também com Portugal no horizonte, como acontece com tantas empresas de Portugueses ou Lusodescendentes, que nunca deixam de ter aquele bichinho do regresso às origens.

E esta é uma realidade extraordinária, à qual darei a minha maior atenção. Porque há muitas mais à espera de serem descobertas.

 

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