Convívio da Associação Sociocultural dos Antigos Combatentes Portugueses de Roubaix

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Associação Sociocultural dos Antigos Combatentes Portugueses de Roubaix das ex-Colónias Portuguesas, promoveu um convívio entre os seus sócios, com um almoço no domingo, dia 19 de março, no restaurante “Les Deux Saveurs” de Wattrelos. Convém referir que a associação completa no próximo dia 4 de julho, 26 anos de existência.

No comunicado de imprensa da associação que o LusoJornal recebeu a 21 de março pode ler-se que o almoço-convívio “foi ocasião para os ‘camaradas’ se juntarem acompanhados das suas esposas. O início do convívio começou por saudar a resiliência que estas mesmas mostram para compreender os traumas que afetam muitos dos ex-combatentes, alguns mais que outros”.

Durante o almoço foi levantado o assunto ligado ao “recém estatuto do antigo combatente, que entrou em vigor no dia 1 de janeiro de 2020, lamentando que as medalhas, cartões e insígnias, não terem ainda sido entregues à maior parte dos antigos combatentes, chegando por vezes em algumas situações, a serem remetidas às famílias depois do falecimento do interessado” lê-se no comunicado.

Também foram lembrados os “muitos desaparecidos nas guerras em geral, em particular os da guerra colonial no ultramar e todos os que fizeram parte desta associação”. Os nomes destes últimos foram citados, tendo sido prestada a devida homenagem, observando um minuto de silêncio.

O LusoJornal aproveitou para entrevistar o Secretário da associação, Manuel Pereira.

Qual foi a ideia fundadora da associação de veteranos das ex-colónias portuguesas?

No final da década de 1990, os compatriotas que lutaram nas colónias portuguesas e que emigraram, começavam a chegar à idade da reforma. Havia a necessidade de lutar para que os anos passados como combatentes fossem reconhecidos, contabilizados com atribuição de pensão por motivo de tropa no ultramar. Foram anos de combate que se traduziram numa pensão de 75, 100 ou 150 euros, consoante o número de meses de serviço militar nas ex-colónias portuguesas. Pensão bem merecida e necessária.

Quantos processos de pensões foram tratados pela sua associação?

Tratamos mais de 250 dossiers de aposentados. A associação também ajudou e acompanhou dois dos seus associados a deslocarem-se e a serem tratados no Hospital Militar de Lisboa, na sequência da doença conhecida como “Stress de Guerra”.

Que idade têm os membros atuais da associação? Têm ainda batalhas em andamento para fazer valer os direitos dos ex-combatentes?

À medida que as questões e dossiers de reforma foram resolvidos, o número de associados foi diminuindo. Atualmente contamos com um núcleo duro de 45 sócios, com idades entre 72 e 76 anos. A luta destes últimos anos tem sido a atribuição de um Cartão de doente militar que daria acesso a tratamento medicamentoso ambulatório gratuito.

Em que outras atividades participa a associação?

Representamos, na região norte, a Liga dos Combatentes Portugueses, tendo esta sido criada em 1924 por 9 sobreviventes da Batalha de La Lys e representamos também a Associação dos Veteranos de Guerra de Braga. Somos chamados a prestar homenagem em várias manifestações no Norte e também além, na Bélgica, na Alemanha e até na Holanda.

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LusoJornal