Lusa | Miguel A. Lopes

Benfica venceu em casa o Toulouse na corrida aos ‘oitavos’ da Liga Europa


O Benfica bateu na quinta-feira os Franceses do Toulouse por 2-1, em encontro da primeira mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa em futebol, disputado no Estádio da Luz, em Lisboa, com dois penáltis do futebolista Di María.

O argentino inaugurou o marcador, aos 68 minutos, Desler, aos 75, empatou, tendo o ‘nó’ sido desfeito, aos 90+8, novamente pelo Campeão mundial, em mais uma grande penalidade convertida com enorme frieza.

No regresso à Europa, o treinador Roger Schmidt faz apenas duas alterações face ao empate em Guimarães (2-2), com Bah e Morato a ficarem no banco, substituídos por Álvaro Carreras e Arthur Cabral.

A primeira parte foi demasiado má, com os franceses a mostrarem claramente que tinham viajado para a Luz com o intuito de não perder o jogo, exagerando na ‘queima de tempo’ aquando da cobrança dos pontapés de baliza.

A linha de cinco defesas, num esquema de 5-4-1, procurou tapar todos os caminhos para a baliza de Guillaume Restes, dificultando e de que maneira o trabalho de um Benfica que tinha em Kokçu um jogador inconformado e que procurava abrir espaços com passes para as costas da defesa do Toulouse, mas sem sucesso.

A verdade é que apesar de o 14º classificado da Liga francesa ter mostrado ser uma presa fácil, o Benfica apenas conseguiu fazer dois remates dignos de destaque antes do intervalo.

Primeiro Rafa, aos 38 minutos, que levou a bola a bater na trave da baliza de e depois João Mário, aos 45+1, que também não conseguiu bater o guardião gaulês, atirando ligeiramente ao lado.

O Toulouse continuou a apostar na arte de perder tempo em vez de jogar futebol. Tudo era pretexto para que a bola não rolasse no relvado, até quando Logan Costa teve necessidade de trocar de camisola, por se encontrar rasgada, recusando-se, num primeiro momento, a sair do campo.

Curiosamente, foi precisamente esse jogador estar na origem do primeiro golo do Benfica, ao tocar a bola com o braço na área, cometendo uma grande penalidade, convertida por Di María, aos 68 minutos, após intervenção do VAR.

A entrada de Bah, que rendeu Álvaro Carreras, e de David Neres, para o de João Mário, aos 59 minutos, tornou os ‘encarnados’ mais ofensivos, mas, com o passar do cronómetro, a equipa foi ficando defensivamente desequilibrada.

O Toulouse percebeu isso e acabou por chegar ao empate, aos 75 minutos, depois de uma jogada de insistência de Dallinga que encontrou Desler ‘esquecido’ ao segundo poste, para este ‘gelar’ a maioria dos 56.553 espetadores presentes na Luz.

A entrada de Marcos Leonardo, aos 87 minutos, para o lugar de Athur Cabral, apenas teve nota de destaque porque o jogador acabou pisado por Mawissa, aos 90+6, dando origem ao golo da vitória do Benfica, na grande penalidade convertida por Di Maria, aos 90+8.

A formação ‘encarnada’ – que se desloca a França na próxima quinta-feira (22 de fevereiro) – procura a sexta presença no top 16 da Liga Europa, replicando 2009/10, 2010/11, 2012/13, 2013/14 e 2018/19, sendo que perdeu as finais de 2013 e 2014.

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As declarações de Roger Schmidt (Treinador do Benfica)

“Foi um jogo difícil. Acho que precisávamos um pouco de tempo para encontrar a melhor ligação ao jogo. Na segunda parte, estivemos melhores na circulação de bola. Já na primeira parte, tivemos algumas oportunidades de golo, mas o Toulouse fechou-se bem e estava sempre à procura de ganhar a bola para nos surpreender.

Conseguimos marcar, o Toulouse empatou na única oportunidade que teve e, depois, acabámos por ganhar. Foram duas grandes penalidades muito claras. Agora tenho de pensar no próximo jogo.

Tivemos oportunidades muito claras para fazer mais golos. Agora já sabemos como joga o nosso adversário. Vamos preparar-nos para o jogo da próxima semana, em Toulouse. Vamos procurar melhorar algumas coisas, mas fomos suficientemente bons para vencer o jogo.

Os adeptos têm sempre as suas opiniões. Tenho de tomar as minhas decisões. Arthur Cabral estava a jogar bem, mas estava cansado, e tinha de ter energia nova para a equipa, tal como trouxeram Neres e Bah”.

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As declarações de Carles Martínez (Treinador do Toulouse)

“Poderíamos ter evitado esta situação. Estou muito zangado, estou muito quente para falar agora sobre isso. Tenho de estar calmo e estar preparado para a próxima semana.

O que falei com Di María é paixão do futebol. Naquele momento, achei que tinha de lhe dizer. São coisas normais. Fora do relvado falámos normalmente.

Temos orgulho na nossa equipa. Competimos bem, jogámos bem aqui no Estádio da Luz. Não marcámos primeiro porque o Benfica é bom, mas estivemos sempre unidos. Quando sofremos o primeiro golo, o Toulouse soube reagir e conseguimos empatar. Depois, sofremos o golo já após os 90+5 minutos.

Espero que o jogo da segunda mão seja competitivo, vai ser parecido com este. Vamos fazer tudo para dar a volta ao resultado.

Penso que, taticamente, não é o momento para falar. Vamos ver o que iremos fazer na próxima semana. Decidimos mudar a nível defensivo, mas mantivemos o ataque. Queríamos proteger mais a zona defensiva e procurámos jogar para frente”.

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Benfica 2-1 Toulouse

Ao intervalo: 0-0.

Jogo realizado no Estádio da Luz, em Lisboa

Assistência: 56.563 espetadores

Árbitro: Donatas Rumsas (Lituânia)

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Stijn Spierings (37 min), Mikkel Desler (43 min), Guillaume Restes (58 min), Naatan Skyttä (90+2 min), Kökçü (90+2 min), Christian Elebi (90+2 e 90+6 min) e Frank Magri (90+7 min). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Christian Elebi (90+6 min)

Benfica: Trubin, Aursnes, António Silva, Otamendi, Álvaro Carreras (Bah, 59 min), João Neves, Kökçü, Di María, João Mário (Neres, 59 min), Rafa e Arthur Cabral (Marcos Leonardo, 87 min). Suplentes: Samuel Soares, André Gomes, Bah, Tomás Araújo, Morato, Florentino, Neres, Rollheiser, Tiago Gouveia, Tengstedt e Marcos Leonardo. Treinador: Roger Schmidt.

Toulouse: Guillaume Restes, Logan Costa, Rasmus Nicolaisen, Moussa Diarra (Christian Elebi, 70 min), Mikkel Desler, Stijn Spierings (Cristian Cásseres, 77 min), Vincent Sierro, Gabriel Suazo, Aron Donnum (Shavy Babicka, 70 min), Yann Gboho (Naatan Skyttä, 86 min) e Thijs Dallinga (Frank Magri, 77 min). Suplentes: Álex Domínguez, Justin Lacombe, Warren Kamanzi, Christian Elebi, Cristian Cásseres, César Gelabert, Naatan Skyttä, Shavy Babicka, Ibrahim Cissoko e Frank Magri. Treinador: Carles Martínez.

Marcadores: Di María (68 min, grande penalidade), Mikkel Desler (75 min), Di María (90+8 min, grande penalidade)

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