António Oliveira apoia proposta da criação de uma Federação do PS na EuropaCarlos Pereira·Política·7 Maio, 2025 O Secretário Coordenador da Secção do Partido Socialista português em Paris, António Oliveira, confirma ao LusoJornal que apoia a ideia de sugerir a criação de uma Federação do PS na Europa. “Tenho participado nas reuniões a acho uma boa ideia” disse. Os Socialistas portugueses na Europa vão reunir no próximo dia 24 de maio, em Bruxelas numa “Conferência para a Criação de uma Federação da Europa do Partido Socialista”. A Conferência destina-se exclusivamente aos militantes socialistas, numa iniciativa que, esperam, “marcará o início de uma nova fase de organização, articulação e projeção política da presença do PS na Diáspora”. “É claro que nós não podemos obrigar nada, apenas podemos sugerir ao Partido que, perante os estatutos, é possível criar uma Federação na Europa porque temos as condições para isso, que é de termos pelo menos 500 militantes inscritos. Nenhum país atinge esse número de militantes, mas, juntos, na Europa, ultrapassamos este número” explica António Oliveira. “A conferência tem como objetivo formalizar a proposta de criação de uma Federação do PS na Europa, através da aprovação do Regulamento Interno, da eleição de uma Comissão Instaladora e da apresentação do Manifesto fundador. Será um espaço de escuta ativa, debate democrático e compromisso político” dizem os organizadores. “Nós formulamos a proposta e depois tem de ser o Rato a decidir” diz António Oliveira referindo-se à sede do Partido que está no Largo do Rato, em Lisboa. “A ideia é de termos mais peso. As Secções estão isoladas e queixam-se de falta de ligação com o Partido” diz o Secretário Coordenador da Secção do PS de Paris. “Mesmo se nós não temos tido problemas, temos boas relações com Pedro Vaz, o responsável pela articulação com as Secções do PS no estrangeiro”. Mas uma Federação tem mais peso e pode dar assentos “por inerência” nas mais importantes instâncias do Partido. António Oliveira diz que a Federação pode “servir de elo de ligação entre as Secções e pode fazer com que o nosso contacto com Lisboa seja ainda mais fluído”. O próprio António Oliveira diz ter-se reunido recentemente com Pedro Vaz e que este se mostrou interessado em fazer alterações nas relações com as Comunidades. “Por exemplo, quando um militante paga as cotas, paga à Secção, e a Secção comunica para Lisboa todos os novos militantes”, mas quando um militante deixa de pagar a cota ou se muda para Portugal, por exemplo, essa comunicação não é feita pelo que as listas de militantes, em Lisboa, são muito maiores do que a realidade nas Secções no estrangeiro. António Oliveira explica que uma solução que está a ser preparada é a do pagamento das cotas diretamente numa plataforma em Portugal. “O dinheiro dá imediatamente entrada no Partido e a lista dos militantes fica atualizada. E sinceramente, não são os 12 euros por ano de cotização que nos vão fazer falta” completou. O evento vai durar todo o dia 24 de maio, das 09h30 às 17h00, na Foundation for European Progressive Studies, em Bruxelles.