Carlos Gonçalves discursou no 40° Congresso do PSD em representação das Comunidades

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Senhor Presidente da Mesa do Congresso,

Senhor Presidente do Partido,

Caros congressistas,

 

As minhas primeiras palavras vão para o Presidente do Partido, Luís Montenegro, a quem gostaria, em nome das Secções do PSD na emigração, de saudar, de felicitar, e sobretudo de lhe desejar o maior sucesso na liderança do PSD, para bem do Partido é certo, mas sobretudo para bem de Portugal e, permitam todos – tenho o hábito de o fazer – para bem das nossas Comunidades espalhadas pelo mundo.

A eleição de Luís Montenegro como Presidente do PSD é um sinal de esperança para o Partido e para o país, mas também para as nossas Comunidades.

Um sinal de esperança para o PSD e para o país, porque é necessário que o nosso Partido faça uma verdadeira oposição, que seja uma clara alternativa, um Partido que se aproxime das pessoas e que procure, com elas, encontrar o caminho para o desenvolvimento sustentado do nosso país.

Um sinal de esperança também para as Comunidades portuguesas, pois é fundamental que o PSD possa, como no passado, estar na primeira linha da defesa dos interesses das gentes da emigração e através delas, na primeira linha da afirmação externa de Portugal.

O que importa agora – mais do que fazer balanços do tempo que passou – é preciso fazer ressurgir o PSD numa área política onde durante várias décadas conquistou uma justa hegemonia, pois foi sempre capaz, com a colaboração e os contributos dos militantes da nossa diáspora, de definir políticas concretas destinadas aos Portugueses que residem no estrangeiro. É que no PSD, sempre entendemos que, tal como o país, somos um país e um Partido repartido pelo mundo e sempre soubemos integrar as preocupações dos Portugueses residentes no estrangeiro nas nossas propostas políticas, que apresentámos a Portugal e aos Portugueses.

As nossas Comunidades são detentoras do potencial económico estratégico social e político que pode e deve ser aproveitado para bem de Portugal. No mundo global em que vivemos, o país não pode deixar de fora da formulação das políticas nacionais, estes cidadãos que em algum momento das suas vidas sentiram, pelas mais diversas razões, a necessidade de procurar no estrangeiro um novo rumo, uma nova vida.

Os nossos nacionais residentes no estrangeiro, infelizmente, neste momento, estão entregues a si próprios, naquilo que é a resposta do Estado. Este é o resultado de quase 7 anos de governação (ou de falta dela) do Partido Socialista: muitos anúncios, muitas promessas, mas poucas medidas.

Hoje, para um português residente no estrangeiro, o simples agendamento de uma marcação num Consulado de Portugal, para a renovação do Cartão de cidadão, é uma verdadeira odisseia.

Os nossos emigrantes esperam e desesperam para aceder aos nossos serviços consulares ou até apenas que alguém um dia se digne atender-lhes o telefone.

Uma rede consular em rutura, uma clara falta de estratégia em relação ao ensino da língua portuguesa e uma ausência clara de políticas concretas. Eu falo de políticas concretas, não falo de anúncios, políticas concretas que possam estreitar as relações destes Portugueses com o nosso país.

Assim, é importante que o PSD assuma como prioridade valorizar as Comunidades e nesse sentido deve continuar a defender o reforço da intervenção política dos cidadãos que residem no estrangeiro, através da alteração da legislação eleitoral no sentido de uniformizar as metodologias de voto, podendo incluir o voto eletrónico online e adaptar a representação parlamentar à atual realidade eleitoral dos círculos da emigração.

Devemos também avançar com propostas políticas relativas à rede consular e ao atendimento consular, em relação ao ensino ao investimento económico nomeadamente nos territórios de baixa densidade, ou seja, políticas que aproximem as Comunidades do seu país, acrescentando capacidades, acrescentando competências a Portugal, e que poderão ser decisivas no momento em que a instabilidade internacional tem consequências claras das nossas vidas, nas nossas famílias, nos nossos territórios, no nosso país.

As Comunidades portuguesas, talvez como nunca, precisam de nós e o PSD não lhes pode faltar neste momento decisivo, para elas é certo, mas decisivo para todos.

 

Caros congressistas,

Caro Presidente do Partido,

Eu não escondo a enorme satisfação pessoal que sinto pelo facto de Luís Montenegro assumir a Presidência do PSD. Sentimento que justifico pelo conhecimento que tenho das suas capacidades e pelo facto de ser alguém que faz política primeiro ouvindo, para depois poder decidir.

Porque precisamos de um PSD que regresse junto das bases, precisamos de um PSD onde qualquer militante sinta que conta nas decisões do Partido.

É, pois, chegado um novo tempo em que temos novamente que fazer prova que somos o Partido mais português dos partidos portugueses, o Partido do povo, o Partido das gentes mais desfavorecidas, das gentes com maior dificuldade, das gentes dos territórios de baixa densidade e como é evidente, das gentes da emigração. Somos o PSD e com Luís Montenegro vamos concretizar este propósito.

No mundo que hoje vive uma grande instabilidade, que ameaça as nossas sociedades, os desafios que se nos presentam são claramente delicados.

Todos sabemos que o Partido Socialista não tem jeito, não tem mesmo jeito, para governar em tempos de dificuldade. Sabemos nós e sabem os Portugueses. É por isso que isto é claramente um novo tempo. Sabemos que é um tempo difícil e por isso também acredito, tal como foi dito ontem por Luís Montenegro, talvez seja novamente o nosso tempo.

O tempo do PSD, o tempo de Luís Montenegro.
Muito obrigado.

 

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