LusoJornal | Mário Cantarinha LusoJornal | Mário Cantarinha LusoJornal | Mário Cantarinha LusoJornal | Mário Cantarinha LusoJornal | Mário Cantarinha LusoJornal | Mário Cantarinha LusoJornal | Mário Cantarinha LusoJornal | Mário Cantarinha LusoJornal | Carlos Pereira Home Política Comício de Carlos Gonçalves encheu centro cultural em Ormesson-sur-MarneCarlos Pereira·30 Abril, 2025Política A sala do rés-do-chão do complexo cultural Vladimir d’Ormesson, em Ormesson-sur-Marne (94), encheu completamente, no comício de ontem à noite, da AD, a coligação do PSD e do CDS, animada por Carlos Gonçalves, o candidato em segunda posição pelo círculo eleitoral da Europa, nas eleições de 18 de maio. Carlos Gonçalves mora em Ormesson e, antes da reunião começar, a Maire da cidade passou para o cumprimentar e desejar boa sorte na campanha eleitoral. David Gomes foi o primeiro a discursar, apresentando Carlos Gonçalves, “o número 2 da lista, mas, para nós, será sempre o número 1” disse na sua intervenção. “O Carlos levou ao Parlamento a imagem dos Portugueses que moram no estrangeiro. Antes dele havia como um abismo entre os Portugueses de Portugal e os Portuguesas do estrangeiro. Aos poucos, e muito graças ao trabalho do Carlos Gonçalves, este abismo foi-se reduzindo”. . “Ecce Homo” diz Joaquim Morais Também Joaquim Morais, o Presidente da Comissão Política do PSD de Paris enalteceu o trabalho de Carlos Gonçalves. “Ecce Homo”, disse em latim, traduzindo que “Este é o homem”. Com uma gravada cor-de-laranja do PSD e apelando ao voto na coligação PSD-CDS, Joaquim Morais disse que Luís Montenegro deve continuar Primeiro-Ministro de Portugal. “Quem querem que vá para o lugar do Montenegro? Um que está sempre a criticar e outro que diz que vai limpar o país? O país não necessita de ser limpo, necessita de um Primeiro-Ministro que trabalhe”. Na sala estavam dirigentes de várias associações, muitos autarcas e alguns empresários, com destaque para o Presidente da Câmara de comércio e indústria franco-portuguesa (CCIFP), Carlos Vinhas Pereira ou para os empresários Mapril Baptista e Mário Martins, entre outros. “Obrigado por terem vindo numerosos e pela vossa fidelidade” disse Carlos Gonçalves quando tomou a palavra. Joaquim Morais tinha dito que Carlos Gonçalves “vai fazer o seu último mandato enquanto Deputado” e o candidato confirmou que “eu não estava a pensar ser candidato, até estava de férias nos Estados Unidos com a minha família. Mas em política, temos de estar disponíveis quando somos necessários”. Primeiro começou por enaltecer o cabeça de lista, José Manuel Fernandes. “Ele veio criança para França porque os pais eram aqui emigrantes. E quando regressou a Portugal, apesar das dificuldades por ter começado a estudar em França, conseguiu fazer um percurso brilhante. Eu conheci-o quando ele foi autarca, mas também foi um excelente Deputado Europeu, aliás, muito apreciado aqui em França” argumentou o candidato. “É uma honra muito grande ser o número 2 do José Manuel Fernandes”. José Manuel Fernandes passou o dia em Paris, mas teve de regressar a Portugal antes do comício. . “Há Deputados que não falam” Carlos Gonçalves fez uma crítica muito grande aos Deputados eleitos pelo círculo da Europa. “Nós queremos Deputados que trabalhem. Basta estarmos atentos para perceber que se ouviu muito mais os Conselheiros das Comunidades Portuguesas do que os dois Deputados pela Europa. Eu não esperava este vazio dos dois Partidos que se aliaram contra nós”. Durante uma parte importante da sua intervenção, Carlos Gonçalves atacou o Partido Socialista e o Chega. “O Chega não tem propostas. Comentam a política como se comenta futebol. Isso não pode ser. Como se pode acreditar neles, quando têm respostas fáceis para questões difíceis? Em política não basta identificar os problemas, isso qualquer um consegue fazer. Em política, temos de propor soluções” disse o candidato do PSD. “Eu fico espantado quando as pessoas aderem a estes partidos que não têm propostas”. Carlos Gonçalves diz que participou em eventos de homenagem ao 25 de abril. “Como é que um partido com assento parlamentar, pode estar contra o 25 de abril. Se o Chega fala, se o Chega existe hoje, é graças ao 25 de Abril. Mais concretamente, referindo-se ao Deputado do Chega eleito pelo círculo eleitoral da emigração na Europa, disse que “é um Deputado que não fala, que não aparece, que tem medo do contraditório. Mas é verdade que não erra. Quem está calado, pelo menos não erra” diz a sorrir. Quanto ao Partido Socialista, Carlos Gonçalves mostrou-se “incrédulo” por o partido ter votado contra a proposta de teste de voto eletrónico. “Não é votar contra o voto eletrónico. É votar contra um teste. Como é que um partido, com a herança do Mário Soares, não tem vergonha de votar contra o teste de voto eletrónico, de dificultar tanto a participação cívica dos Portugueses que residem no estrangeiro? Como podem ter medo do voto das pessoas, sobretudo um partido que defende tanto o 25 de Abril?” Carlos Gonçalves garantiu que vai “fazer tudo”, para que o voto eletrónico seja uma realidade. “Porque este é um assunto crucial para nós”. “Eu defendo o aumento da participação nas eleições e o alargamento da representatividade parlamentar dos Portugueses residentes no estrangeiro. E podia acabar aqui o meu discurso, porque, depois, todos os problemas seriam bem mais fáceis de resolver” disse o candidato. “Onde estavam os outros partidos quando nós lutámos para a participação nas eleições para o Presidente da República? Onde estavam os outros partidos quando fizemos um primeiro teste de voto eletrónico?” . Luís Montenegro, o amigo pessoal Carlos Gonçalves assumiu ser amigo pessoal de Luís Montenegro. “Entrámos ao mesmo tempo para o Parlamento. É como se fossemos duas crianças que se encontram no primeiro dia de escola. São amizades que ficam para a vida. Ele foi o primeiro a visitar-me no meu gabinete, quando fui Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas” e lembrou que quando Luís Montenegro deu a volta a Portugal, no programa “Sentir Portugal”, “também veio às Comunidades. Estivemos juntos num périplo pela Europa. Isto é a visão de um Primeiro-Ministro que sabe o que quer, e que está consciente que o país está espalhado também pelo estrangeiro”. “Fez mais o Luís Montenegro num ano do que o PS em 8 anos” disse na sua intervenção. . 18 meses num Consulado sem trabalho Carlos Gonçalves falou de convicções, evocou o diferendo que teve com Rui Rio, que o afastou, e disse que, quando saiu do Parlamento, regressou ao seu posto de trabalho no Consulado Geral de Portugal em Paris. “Estive 18 meses fechado num gabinete sem nada para fazer. Não me deram trabalho. O meu país é tão rico que se permite ter uma pessoa que foi vários anos Deputado, que foi membro do Governo, mas prefere não lhe dar nada para fazer do que pô-lo a trabalhar”. Durante quase uma hora de discurso, Carlos Gonçalves evocou ainda as questões relacionadas com o ensino da língua portuguesa, com o voto dos Portugueses nas eleições francesas, com o apoio às associações e aos reformados que, entretanto, regressam a Portugal. Com bandeiras no ar, os participantes no comício aplaudiram o candidato e Carlos Gonçalves apelou à mobilização geral. “Vai ser difícil, mas é possível. Vai ser difícil reconquistar um Deputado por este círculo eleitoral, mas vamos conseguir. Não me poupo a esforços e estou convicto que Luís Montenegro vai continuar a ser Primeiro-Ministro e até merecia uma maioria absoluta”.