LusoJornal / Mário Cantarinha

Cultura popular: Grupo folclórico da ARCOP de Nanterre

Nome da associação: Associação recreativa e cultural dos originários de Portugal (ARCOP)

Data de criação da associação: 1984 (36 anos)

Cidade: Nanterre (92)

Nome do Presidente: Manuel Brito

Mail: arcop.nanterre@gmail.com

 

Nome do grupo folclórico: Arcop Nanterre

Data de criação: 1994 (26 anos)

Região: Ponte da Barca

Nome do ensaiador: Januário Mateus

 

Manuel Brito, quando e porque foi criado o grupo?

O grupo já não foi criado no meu tempo. A associação começou uma equipa de futebol, e o Presidente seguinte disse que a associação devia desenvolver-se e propôs a criação de um grupo folclórico que representasse Ponte da Barca. Entretanto foram criadas mais atividades.

 

Qual é a região que o grupo representa?

Representamos a região de Ponte da Barca porque o antigo Presidente era de Ponte da Barca e a maior parte dos membros são daquela região. Mas temos também gente do Algarve e de Trás-os-Montes.

 

O grupo tem alguma particularidade que se possa destacar?

Somos uma autêntica família. Na criação do grupo, eram umas 20, 30 ou 40 pessoas, depois vieram outros, isto é a segunda família, as pessoas ganham amizade, encontram-se aqui e sentem-se bem.

 

O grupo é federado na Federação do folclore português?

Não, o grupo não é federado. Eu sou o Presidente, mas não estou muito dentro do folclore. Mas dou valor aos responsáveis do folclore, não dou valor à Federação porque quem dá valor aos grupos são os seus membros, os seus ensaiadores e não é a Federação. A Federação só vem depois dizer se está bem. Eu dou valor à gente que fez tudo para que o grupo esteja no patamar em que eles estão agora.

 

Quantos elementos tem o grupo?

O grupo tem 52 elementos, dos quais une 25 dançarinos. São elementos dos 10 aos 60 anos e devo dizer que várias pessoas estão cá desde o início.

 

O grupo já gravou algum CD?

Sim, gravámos dois CD’s, aliás, o primeiro ainda foi em cassete.

 

O grupo organiza algum Festival?

Organizamos vários festivais. Três festivais por ano na Salle des Congrès de Nanterre, na rue du 8 mai 45, por baixo da Mairie. Esta associação está sempre em festa, mais as saídas com o grupo folclórico.

 

Que outros eventos organizam?

Organizamos muitos eventos, mas o mais conhecido é a Festa, feira e romaria dos produtos portugueses.

 

Costuma ter saídas?

Sim, temos muitas saídas. Posso dizer que até 5 de julho, todos os fins de semana estão ocupados. Ainda recentemente, um senhor de Bordeaux veio cá e convidou-nos a ir lá. Já fomos dançar a Portugal, Alemanha, Suíça, já estivemos no sul de França…

 

Quais as principais dificuldades?

Sinceramente nunca tivemos dificuldades. O pilar principal de uma associação é a Mairie. Nós aqui temos muitas salas, temos terrenos para o futebol, tudo cedido pela Mairie. Se não fossem eles, não poderíamos fazer nada.

 

E tem tido apoios de Portugal?

Nós não temos apoios nenhuns do Consulado, nem da Embaixada, é com o trabalho de todos os sócios que esta associação hoje é o que é, e eu dou muito valor a toda a esta gente.

 

Como se porta o folclore português em França?

É complicado para as associações sem possibilidades de manterem um grupo folclórico português ativo. Ainda na semana passada mandámos fazer dois trajos que nos custaram 1.000 euros cada um. Sem meios financeiros, nós não conseguiríamos. Um grupo folclórico tem muita despesa. Na maior parte das saídas vamos sempre de autocarro, pagamos sempre o autocarro. Tentamos sempre levar o barco a bom porto, mas temos de ter meios. Eu dou muito valor a esta gente que paga do seu próprio bolso para ter os trajos. Aqui, toda a gente tem trajos da associação.

 

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