Dijon: Funeral de Glória Lourenço vai ter lugar esta tarde em Beire-le-Chatel

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]

 

O funeral de Glória Lourenço, a lusodescendente que foi alegadamente assassinada pelo marido perto de Dijon, na semana passada, vai ter lugar esta quinta-feira pelas 14h30 em Beire-le-Chatel, a aldeia onde residia, a uns 15 km do centro de Dijon.

Em declarações à Lusa, o Presidente da associação União Luso Francesa Europeia (ULFE) mostrou-se chocado com a morte da mulher, de 46 anos. “A Comunidade está triste porque a maioria conhecia-a. Ela nasceu aqui, o pai dela está aqui desde os anos 70. A Comunidade portuguesa está sentida desta morte trágica, que foi uma grande surpresa para todos que a conhecíamos”, afirmou António Costa.

O pai da vítima, que vivia em Beire-le-Châtel, perto de Dijon, é dirigente da ULFE, acrescentou o Presidente da organização.

Glória Lourenço, 46 anos, morreu na sexta-feira depois de ter sido apunhalada várias vezes pelo marido francês que se suicidou em seguida, atirando-se de um viaduto na região de Dijon. Esta lusodescendente nasceu em França e era conselheira de inserção profissional. “Ela era uma rapariga muito dada, muito conversadora, uma boa rapariga e muito alegre”, lembrou António Costa, falando da amiga.

O marido de Glória Lourenço era divorciado e tinha queixas de violência apresentadas pela ex-mulher, tendo chegado mesmo a ser condenado ao pagamento de multas num dos processos. “Nós não sabíamos, mas ele já tinha processos com a ex-mulher. E de outras coisas. E só agora vimos que ele já tinha complicações na vida”, explicou António Costa que chegou a ver o companheiro da lusodescendente em algumas ocasiões.

O alerta da morte de Glória Lourenço foi dado às autoridades pela ex-mulher do companheiro, já que este a procurou para admitir o crime, dizendo que pretendia tirar a própria vida.

Glória Lourenço tinha um filho de 10 anos de uma precedente relação. “O menino tem o pai, os avós e tem-nos a nós todos para o que for preciso”, garantiu António Costa.

Segundo o Procurador da República local, Éric Mathais, apesar do passado de violência doméstica do companheiro, não existia “queixa, investigação ou qualquer processo” dessa natureza na relação com Glória Lourenço.

 

[pro_ad_display_adzone id=”37510″]