Emigrantes Lesados do BES voltam a manifestar junto à Embaixada de Portugal

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Os Emigrantes Lesados Unidos (ELU) anunciam uma manifestarão para este sábado, dia 4 de dezembro, às 10h30, junto à Embaixada de Portugal em Paris (3 rue Noisiel, em Paris 16, Metro Porte Dauphine) aproveitando o anúncio de eleições Legislativas em Portugal.

“Ao contrário do que foi dito pela comunicação social, ainda há produtos supostos de poupança (tais como o Euro Aforro 10) que ficaram fora de qualquer acordo. Por exemplo, de 100 euros depositados nestes produtos, os emigrantes lesados recuperaram 11 euros, quer dizer, uma perda quase total, e não 50% nem 75%!” diz uma nota enviada às redações, assinada por Carlos Costa dos Santos, Coordenador dos Emigrantes Lesados Unidos (ELU), que se assume como um “Movimento dos lesados, pelos lesados, para os lesados”.

“Tal como em todas as manifestações prévias que organizámos em Paris, independentemente de qualquer associação em que os emigrantes lesados não confiam mais desde o verão 2017, reclamamos que sejam devolvidas todas as poupanças conseguidas depois de uma vida de sacrifícios fora de Portugal”.

Na nota enviada aos jornalistas, Carlos Costa dos Santos lembra que “no dia 11 de junho de 2016, o Primeiro Ministro António Costa disse, na presença do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, que os emigrantes foram enganados pelo BES. Essas declarações tiveram ainda mais peso porque decorreram em Champigny, perto de Paris e lugar simbólico, onde os nossos pais chegaram para viver na miséria dos bairros de lata”.

Ainda segundo a nota, “a 31 de maio de 2019, a Comissão Liquidatária do Banco Espírito Santo não reconheceu os emigrantes lesados como credores do BES, enquanto reconheceu, segundo a imprensa, Ricardo Salgado (ex-dirigente do BES) como credor comum. Uma situação incrível!”

“O BES não era só intermediário, mas deu também a sua garantia segundo a qual reembolsava os emigrantes lesados. Mais de que uma promessa de reembolso, é o mecanismo de venda/recompra que o BES já praticava há anos com a clientela emigrante. Foi essa garantia que obrigou a auditoria e a direção financeira do BES SA a constituir uma provisão nas contas de liquidação do BES. Em contabilidade, uma provisão é um passivo ao mesmo título que qualquer dívida”.

Os organizadores da manifestação dizem também que querem “denunciar a corrupção atual em Portugal” e os casos onde “grandes devedores de estabelecimentos de crédito foram perdoados enquanto os emigrantes lesados – a quem foram comercializados produtos de alto risco sem o devido dever de informação – não foram ressarcidos”.

Alegando que a luta iniciou há 6 anos e que a determinação continua “intacta e íntegra”, os lesados garantem que “nunca desistiremos da nossa luta mais que justa”.

Carlos Costa dos Santos confirma também que a Préfecture de Police de Paris “autorizou oficialmente esta manifestação”.

 

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