SL Benfica's Pizzi (R) celebrates the second goal against Cova da Piedade during their Portuguese Cup 3rd round soccer match, held at Municipal Jose Martins Vieira Stadium, in Almada, Portugal, 18 October 2019. TIAGO PETINGA/LUSA Lusa/Tiago Petinga

Futebol: Benfica recebe o Lyon na Champions

O Benfica recebe o Lyon no Estádio da Luz em Lisboa, no primeiro do duplo compromisso com os Franceses no grupo G da Liga dos Campeões em futebol, num jogo em que as ‘águias’ estão praticamente obrigadas a ganhar.

A competição tem sido um verdadeiro ‘pesadelo’ para os ‘encarnados’, apenas com duas vitórias em 14 jogos desde 2017/18 – com os gregos do AEK Atenas -, e que na atual época ainda não conseguiram qualquer ponto.

Nas duas jornadas anteriores, a equipa de Bruno Lage perdeu com os Alemães do Leipzig, no Estádio da Luz por 2-1, e na visita aos Russos do Zenit em São Petersburgo, por 3-1.

À entrada para a terceira jornada, o Benfica segue em último do grupo G, atrás de Zenit e Lyon, ambos com quatro pontos, e do Leipzig, com três, resultantes do triunfo na Luz na primeira jornada.

Os Franceses estreiam na Liga dos Campeões o treinador Rudi Garcia, que na última jornada da ‘Ligue 1’, em que empatou em casa com o Dijon, substituiu o Brasileiro Sylvinho, despedido face aos maus resultados no campeonato.

Historial a favor do Benfica

O Benfica tem um registo avassalador com equipas francesas nas taças europeias de futebol na Luz, onde nunca perdeu e só cedeu quatro igualdades, contra 10 vitórias, uma delas com o Lyon, que regressa nesta quarta-feira.

Há quase uma década, em 02 de novembro de 2010, os ‘encarnados’ receberam o Lyon para a quarta jornada da fase de grupos da ‘champions’ e ganharam por 4-3, num embate em que chegaram a ameaçar uma goleada das ‘antigas’, quando chegaram a 4-0.

O brasileiro Alan Kardec, aos 20 minutos, o lateral esquerdo Fábio Coentrão, aos 32, e o espanhol Javi Garcia, aos 42, colocaram o resultado em 3-0 ao intervalo e, já aos 67, o internacional luso ‘bisou’ para a equipa de Jorge Jesus.

O Benfica estava lançado para um resultado memorável, mas, na parte final os gauleses, mesmo sem reentrarem na discussão do jogo, conseguiram reduzir para a diferença mínima, com tentos de Gourcuff (75 minutos), Gomis (85) e Lovren (90+5).

Pouco antes, em 20 de outubro, em Lyon, a história foi bem diferente, com os gauleses a imporem-se por 2-0, com golos de Jimmy Briand, aos 21 minutos, e do argentino Lisandro Lopez, ex-jogador do FC Porto, aos 51.

Apesar de o confronto direto ter sido equilibrado, o destino das duas equipas foi bem diferente, com o Lyon a fechar o Grupo B no segundo posto, com 10 pontos, contra apenas seis do Benfica, que foi terceiro e viria a chegar às ‘meias’ da Liga Europa.

O embate com o Lyon confirmou, porém, a clara supremacia histórica do Benfica na receção a conjuntos gauleses, sendo que só quatro se ‘escaparam’ sem perder, o Nantes (1978/79), o Bordeaux (86/87), o Bastia (97/98) e o Marseille (2009/10).

Destas quatro formações, o Bordéus voltou, perdendo por 1-0 em 2012/13, enquanto o Marseille já tinha jogado na Luz, na antiga, naquele que é o mais inesquecível embate caseiro do Benfica com um conjunto gaulês.

Em 18 de abril de 1990, o conjunto ‘encarnado’, comandado pelo sueco Sven-Goran Eriksson, recebeu o ‘OM’ a precisar de vencer por apenas 1-0 para chegar à sua segunda final da Taça dos Campões em três anos, depois do desaire ‘feliz’ por 2-1 no Vélodrome.

Os Franceses tinham uma ‘super’ equipa, com Papin, Francescoli, Waddle, Tigana, Deschamps, Amoros ou o então ex-benfiquista Mozer, e estiveram em vantagem na eliminatória até aos 83 minutos, altura em que o Benfica marcou.

O angolano Vata Matanu Garcia, como muitas vezes fez de ‘águia ao peito’, saltou do banco, aos 52 minutos, para dar o triunfo aos ‘encarnados’, só que, desta vez, fê-lo com o braço, de forma irregular. O árbitro Marcel van Langhenover não viu e validou.

O Benfica perderia, depois, a final para aquela que era, indiscutivelmente, a melhor equipa da Europa, o AC Milan, de Van Basten, Gullit e Rijkaard, enquanto o Marseille chegaria à final no ano seguinte e ao título, o único francês, em 1992/93.

Naquela noite, na Luz, prevaleceu, porém, a ‘mão de Vata’, e o Benfica voltou a levar a melhor sobre um conjunto gaulês, sendo que, anteriormente, já haviam caído o Saint-Étienne (2-0 em 1967/68) e o Montpellier (3-1 em 1988/89).

Depois do Marseille, e além do Lyon e do Bordeaux, perderam o Lille (1-0 em 2005/06), o Paris Saint-Germain, em três ocasiões (3-1 em 2006/07 e 2-1 em 2010/11 e 2013/14), e o Monaco, na última visita (1-0 em 2014/15), culpa do brasileiro Talisca.

Por seu lado, o Lyon, e além da visita à Luz, disputou mais sete jogos em solo luso, somando uma maioria de derrotas (quatro), um empate, com o Sporting (1-1 em 1963/64), e duas vitórias (1-0 ao Farense em 1995/96 e 2-1 ao Vitória de Guimarães em 2013/14).

 

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LusoJornal