LusoJornal | António Marrucho

L’art abstrait de Maria Helena Vieira da Silva: une des richesses de l’Église Saint Jacques à Reims

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Maria Helena Vieira da Silva, Joseph Sima e Benoit Marq são os três artistas que realizaram os vitrais da igreja de Saint Jacques de Reims, igreja situada a pouco menos de 500 metros da Catedral de Reims. A igreja é, aliás, mais antiga que a catedral, embora nela se possam admirar vários estilos arquitetónicos que simbolizam a sua evolução e transformações.

Joseph Sima, artista checo, trabalhou nos vitrais no fim dos anos 1960, os de Benoit Marq foram inaugurados em 2011 e os vitrais pintados por Maria Helena Vieira da Silva foram executados durante uma década. A portuguesa, aluna de Bourdelle e de Fernand Léger, trabalhou nas capelas laterais entre 1966 e 1976.

Nos vitrais de Vieira da Silva podemos ver diversas mensagens: por toques de cor sobre um fundo cinza encontrando, painel por painel, o ritmo dos caixotões de uma decoração renascentista. Os ocres, azuis e azuis quebrados do norte convidam à oração, enquanto no sul, os roxos e as linhas cortadas acima do altar da absidíola evocam a Paixão de Cristo e o Sacrifício dos Mártires; vermelho também é o amor que invade o mundo.

De notar que os vitrais do transepto foram executados pela oficina Simon-Marcq a partir de desenhos de Vieira da Silva.

Não só Maria Helena Vieira da Silva evoca Portugal na igreja Saint Jacques de Reims. Na capela Sul temos uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, imagem que os emigrantes portugueses da região de Reims ali colocaram, uma outra estátua em madeira, na parte lateral Norte, evoca Santo António olhando fixamente o menino.

A igreja de Saint Jacques é, depois da Basílica de Saint Remi, a igreja mais antiga preservada em Reims. A sua construção data do século XII.

Em 1190 começou a construção da igreja de Saint Jacques-le-Majeur. O telhado foi concluído em 1270. Uma extensão foi feita em 1548 no coro e nas capelas laterais com quase todas as pinturas ausentes. A torre gótica foi destruída por uma tempestade em 1711.

De 1793 a 1802 a igreja foi usada como estábulo e quartel. Narcisse Brunette é a arquiteta que fez as restaurações em 1854; acrescentou peças como a sacristia ao transepto norte. Este conjunto foi classificado como monumento histórico a 8 de julho de 1912.

Tendo sofrido grandes danos durante a I Guerra mundial, foi neste edifício que Henri Deneux instalou em 1920-1921 uma estrutura de elementos de cimento armado montados e desmontados, um processo que posteriormente usou na catedral de Reims em dimensões muito maiores. A torre sineira foi simplesmente consolidada. A igreja foi reaberta para o culto em 26 de março de 1922.

A Igreja de Saint Jacques foi construída com a função de proteger os viajantes e comerciantes itinerantes sem nunca ter constituído uma etapa no Caminho de Compostela.

 

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