Lusa | Miguel A. Costa

Legislativas’22: António Costa ganhou com maioria absoluta mesmo sem o voto dos emigrantes

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O Secretário-geral do PS prometeu ontem à noite que, mesmo com maioria absoluta, dialogará com todos os partidos parlamentares, manterá a cooperação institucional com o Presidente da República, e sustentou que os Portugueses mostraram “cartão vermelho” à crise política.

Estas garantias foram transmitidas por António Costa no discurso de vitória nas eleições legislativas de domingo.

“Os Portugueses mostraram um cartão vermelho a qualquer crise política, desejam estabilidade, com certeza, segurança e um Governo do PS para os próximos quatro anos”, afirmou.

A seguir, o Secretário-geral do PS disse que interpretará a vitória com “um voto de confiança, uma enorme responsabilidade pessoal no sentido de promover os consensos necessários na Assembleia da República, em sede de concertação social e no conjunto da sociedade portuguesa”.

“Uma maioria absoluta não é poder absoluto, não é governar sozinho, é uma responsabilidade acrescida”, acentuou, antes de falar no papel do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e no seu objetivo de manter a cooperação institucional.

Segundo António Costa, “prosseguirá uma relação de cooperação leal e solidária com os órgãos de soberania, designadamente com o Presidente da República”.

Logo na sua intervenção inicial, o atual Primeiro-Ministro referiu-se separação de poderes existente em Portugal e adiantou que o PS em maioria absoluta irá “proteger a independência do poder judicial, cooperará lealmente com todas as instituições, respeitando as competências próprias das regiões autónomas e promovendo a descentralização para as autarquias”.

António Costa deixou agradecimentos pelo apoio que lhe dera cidadãos do mundo económica, da cultura e da ciência, mas fez uma referência especial aos sindicalistas. “Sindicalistas que, não sendo militantes do PS, quiseram declararam publicamente apoio à nossa candidatura. Com eles quero partilhar por inteiro esta nossa vitória”, assinalou.

Chega é terceira força do país e CDS fora do Parlamento

Ainda sem terem sido contabilizados os votos dos emigrantes que elegerão 4 Deputados, o Partido Socialista conseguiu eleger 117 dos 230 Deputados e tem pois a maioria absoluta que vai certamente ainda ser reforçada com os votos dos Portugueses que moram no estrangeiro.

O Chega passou a ser a terceira força do país e passou de 1 para 12 Deputados, o Iniciativa Liberal constituiu também um Grupo parlamentar, passando de 1 para 8 Deputados.

O Bloco de Esquerda caiu para 5 Deputados, a CDU caiu para 6 Deputados e o PAN elegeu apenas uma Deputada.

O Livre conseguiu eleger um Deputado e, pela primeira vez na história da democracia portuguesa, o CDS-PP não conseguiu eleger nenhum Deputado.

No dia 9 de fevereiro devemos conhecer os resultados dos 4 Deputados que vão ser eleitos pelos votos dos Portugueses residentes no estrangeiro.

 

Composição provisória do novo Parlamento português

Partido Socialista (41,68%): 117 Deputados

PSD (27,80%): 71 Deputados

Chega (7,15%): 12 Deputados

Iniciativa Liberal (4,98%): 8 Deputados

Bloco de Esquerda (4,46%): 5 Deputados

PCP-PEV (4,39%): 6 Deputados

PAN (1,53%): 1 Deputado

Livre (1,28%): 1 Deputado

PSD/CDS-PP (0,94%): 3 Deputados

PSD/CDS-PP/PPM (0,53%): 2 Deputados

 

Outros dados das eleições

Inscritos: 9.298.390

% Votos brancos: 1,15%

% Votos nulos: 0,92%

% Votantes: 57,96%

% Abstenção: 42,04%

(Ainda sem contar os dois círculos da emigração)

 

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