Mundial’22: Portugal falhou ontem o apuramento direto e vai ter de disputar os ‘play-offs’

Mundial’22: Portugal falhou ontem o apuramento direto e vai ter de disputar os ‘play-offs’

[pro_ad_display_adzone id=”38157″]

 

Um erro de Rui Patrício e um tento a acabar de Aleksandar Mitrovic custaram ontem à noite a Portugal uma inédita derrota por 2-1 com a Sérvia e a ‘queda’ para os ‘play-offs’ de apuramento para o Mundial’22 de futebol.

No último jogo do Grupo A de apuramento, tudo parecia correr de feição aos lusos no Estádio da Luz, em Lisboa, face ao tento madrugador de Renato Sanches, logo aos dois minutos, mas, uma vez mais, a falta de garra e vontade de jogar para vencer custou caro à seleção das ‘quinas’.

A equipa lusa ‘tremeu’ e concedeu todo o tempo e espaço para Dusan Tadic, aos 33 minutos, e Aleksandar Mitrovic, aos 90, operarem a reviravolta no resultado de forma justa e colocarem aquele país dos Balcãs no Mundial do próximo ano.

O empate até era suficiente para garantir o ‘passaporte’ direto para o Qatar, com Portugal a ter de esperar, agora, pelo sorteio dos ‘play-offs’, agendado para 26 novembro e previstos para serem disputados entre 24 e 29 de março de 2022.

Como se a derrota não bastasse, o Selecionador Fernando Santos, Campeão europeu em 2016 e vencedor da Liga das Nações em 2019, viu lenços brancos mal Daniele Orsato deu por terminado o jogo e foi ainda muito assobiado na altura de recolher aos balneários.

Depois da paupérrima exibição em Dublin, na quinta-feira, onde Fernando Santos fez muitas poupanças a pensar na ‘final’ de ontem, a equipa lusa entrou, como se esperava, com muitas alterações, mantendo-se apenas Rui Patrício, Danilo, que ontem jogou a médio defensivo, e o ‘Capitão’ Cristiano Ronaldo.

A defesa apresentada no Estádio da Luz, em Lisboa, foi completamente nova, com João Cancelo, Rúben Dias, José Fonte – em detrimento de Pepe, expulso em Dublin – e Nuno Mendes, ausente na quinta-feira, devido a castigo.

No meio-campo, verificaram-se as maiores surpresas, com a inclusão de Renato Sanches, para cumprir a apenas a segunda titularidade na qualificação, e a ausência de Bruno Fernandes, muito desinspirado na capital irlandesa, que tinha começado de início em cinco.

Manter Danilo entre os titulares, após ter cumprido os 90 minutos no último jogo, embora a central, não deixou de surpreender, tendo em conta que Palhinha parecia, finalmente, ser o dono indiscutível da zona mais recuada do meio-campo.

Recuperado dos problemas físicos, Bernardo Silva foi a jogo para fazer companhia ao ‘Capitão’ Ronaldo e a Diogo Jota, outra natural inclusão no ‘onze’.

No lado sérvio, o Selecionador Dragan Stojkovic surpreendeu também ao não apostar de início em Aleksandar Mitrovic, que contabiliza, agora, oito golos em outros tantos encontros nesta fase de qualificação, sendo que, na presente época, já leva 20 golos pelos ingleses do Fulham, treinados por Marco Silva.

Portugal não podia ter desejado melhor início de partida, perante um Estádio da Luz, praticamente, repleto de espetadores, com o golo a surgir quando ainda não estavam decorridos dois minutos, muito por culpa do facilitismo de Gudelj.

O antigo médio do Sporting parecia ter a bola controlada na zona recuada do meio-campo, mas, perante a pressão de Bernardo Silva, caiu no relvado e o jogador do Manchester City isolou Renato Sanches, para este bater facilmente Rajkovic e voltar a marcar pela Seleção ‘AA’, um ano depois do último tento.

A missão dos sérvios ficava, assim, ainda mais complicada, uma vez que tinham de marcar dois golos e não sofrer mais nenhum, com a resposta a acontecer pelos pés de Vlahovic, que só não restabeleceu o empate, porque o poste ‘salvou’ a equipa portuguesa, aos 11 minutos.

O golo conseguido por demérito do adversário, e o conforto no resultado, fez com que os lusos entregassem a iniciativa do jogo, cerrando fileiras e impedindo a normal projeção dos laterais Cancelo e Mendes, que ainda contaram com Bernardo e Jota na preciosa cobertura.

O tento justo do empate avizinhava-se e, se os sérvios deram de ‘bandeja’ o golo inaugural, Rui Patrício não quis ficar atrás e disse ‘presente’, quando Dusan Tadic disparou forte à entrada área, levando a bola, depois de desviar em Danilo, a passar por baixo do corpo do guardião da Roma, aos 33 minutos.

O ‘Capitão’ Ronaldo, sem boas memórias da Sérvia, face ao tento não validado na primeira volta, em Belgrado (2-2), esteve discreto no primeiro tempo, conseguindo apenas um remate tenso para defesa apertada do guarda-redes e um livre direto por cima da barra.

Fernando Santos mostrava-se preocupado com as dificuldades apresentadas na recuperação defensiva, assim como a falta de capacidade para ganhar as segundas bolas, que permitissem contra-atacar e ferir o oponente.

Para o segundo tempo, Dragan Stojkovic retirou de campo Gudelj e meteu Mitrovic para tentar ferir a barreira lusa e obter a qualificação direta para o Qatar, sendo que, pouco ou nada se alterou a nível de oportunidades, com a Sérvia a controlar e a impor-se no meio-campo da equipa das ‘quinas’, que já só ansiava por uma transição para terminar com as esperanças dos visitantes.

A meia hora do apito final, o Selecionador português, que sempre se mostrou fiel ao seu esquema predileto 4x3x3, lançou Palhinha e Bruno Fernandes, recuando Danilo para o eixo defensivo, entre Fonte e Rúben Dias.

Mais preocupado em ficar-se pelo empate, tal como havia acontecido em Dublin, Portugal estava a cada vez mais a jeito de sofrer e de comprometer o apuramento.

Já com o benfiquista Radonjic em campo – o portista Grujic não saiu do banco -, o tento da reviravolta só não chegou, à passagem do minuto 83 porque Mitrovic tirou mal as medidas à baliza, cabeceando muito perto do poste.

O avançado do Fulham falhou à primeira, mas não deu hipóteses na segunda chance, em cima do minuto 90. Dusan Tadic, com um cruzamento sublime, descobriu Mitrovic, que completamente livre de marcação, cabeceou para o fundo das redes e colocou a equipa balcânica no Qatar.

 

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]

 

<i class=”fa fa-camera” aria-hidden=”true”></i> Lusa | Mário Cruz