Lápides partidas no Cemitério militar português de Richebourg

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Uma lápide continua partida no Cemitério militar português de Richebourg e ameaça cair e ferir alguém. O caso já foi reportado pelo LusoJornal em novembro de 2022, mas a situação não foi alterada. Várias outras lápides estão “soltas” certamente devido à seca que se fez sentir ultimamente na região. Também o imponente portão da entrada do cemitério mostra sinais de fragilidade com frechas no suporte superior dos dois lados do portão. Também eles ameaçam ferir alguém se os pedaços de pedra caírem quando alguém for a entrar ou a sair do cemitério.

A lápide partida é a do soldado António Fernandes, n°26.862 do 3°B.I., falecido a 10 de março de 1918. Os seus restos mortais jazem na parte B do cemitério, linha 3, 9ª lápide. A lápide foi cimentada há tempos, mas com o passar dos anos a sua fragilidade está patente, e a dita pedra encontra-se novamente partida.

Tal como está, esta lápide no Cemitério militar português de Richebourg pode ferir quem que, por descuido, a fizer cair, já que as duas partes da lápide (ver imagem) estão completamente separadas e a parte superior está em equilíbrio frágil em cima na parte inferior.

Cemitério Richebourg




Regularmente têm surgido vozes, nomeadamente aqui, no LusoJornal, evocando a necessidade de substituição completa das lápides daquele que é o único cemitério militar português fora de Portugal. A necessária substituição das lápides não se deve unicamente à fragilidade de muitas das pedras em granito, mas também ao facto de, em número significativo, muitos dos nomes dos soldados ali enterrados estarem ilegíveis, devido à corrosão da pedra.

Para que todos os soldados fossem devidamente identificados, a Liga dos Combatentes mandou colocar uma chapa metálica colada em cima de cada campa, sendo que algumas dessas placas já desapareceram porque se descolaram.

Apesar dos muitos apelos para a substituição das lápides, a Liga dos Combatentes Portugueses explica que não obteve ainda o financiamento necessário por parte do Governo para proceder à alteração das 1.831 lápides daquele cemitério português, onde repousam soldados que vieram combater em França durante a I Guerra mundial e que aqui padeceram.

As diferentes autoridades portuguesas que têm passado pelo Cemitério têm respondido sistematicamente que o cemitério “está digno”, mas o estado das lápides e do muro do portão da entrada desmentem por si, tais afirmações.

Recorde-se que para as comemorações do Centenário da Batalha de La Lys foram feitas obras nos muros do cemitério (nomeadamente no portão) e na arrecadação e no espaço ao qual chamam museu.

Lembramos ainda que o Cemitério militar português de Richebourg é candidato, como outros locais de memória naquela região, a Património mundial da Unesco.

Ler também:

https://lusojornal.com/opiniao-o-verao-do-cemiterio-militar-portugues-de-richebourg/

https://lusojornal.com/lautomne-du-cimetiere-militaire-portugais-de-richebourg/

https://lusojornal.com/psd-luis-montenegro-visitou-o-cemiterio-militar-portugues-de-richebourg/

https://lusojornal.com/ministro-joao-gomes-cravinho-os-cemiterios-degradam-se-se-nao-se-tiver-a-devida-atencao/

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LusoJornal