2020 foi um ano extraordinário

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Chegamos ao fim de 2020 como quem chega ao fim de um ano negro, com a esperança que 2021 será o fim de todos os nossos problemas. Foi efetivamente um ano mortal e pandémico que queremos ver longe de nós.

A pandemia de Covid-19 fez com que o LusoJornal tivesse suspenso a sua edição em papel entre março e setembro. Nunca tinha acontecido uma paragem tão longa desde 2004, ano da criação do LusoJornal. Em setembro retomámos a edição em papel, mas apenas todos os 15 dias e é assim que vamos arrancar o ano, até termos condições para retomar a cadência semanal.

Mas nem tudo foi negro no LusoJornal. Felizmente já tínhamos desenvolvido o nosso site internet. Por isso, o trabalho do LusoJornal continuou e, por mais estranho que pareça, 2020 foi um ano excecionalmente bom.

Nem nos nossos melhores sonhos pensávamos atingir os mais de 150.000 leitores regulares. Não fosse terem-nos pirateado durante um mês a nossa página Facebook e teríamos continuado neste crescimento rumo aos 200.000.

Para muitos é pouco, face aos cerca de 1,5 milhões de Portugueses e lusodescendentes de França. Para nós é muito, porque nunca nenhum outro jornal tinha atingido estes números.

Em 2020 decidimos acelerar a criação da nossa área vídeo e no dia 10 de junho – que data tão simbólica – fizemos a primeira transmissão em direto das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, com a cumplicidade do Embaixador Jorge Torres Pereira, em frente da estátua de Luís de Camões, em Paris 16.

Entretanto já fizemos centenas de entrevistas-vídeo, já transmitimos eventos importantes de instituições da Comunidade portuguesa, pouco a pouco os nossos colaboradores vão aderindo à fórmula e temos estado a organizar o catálogo de entrevistas no nosso site internet.

No fundo, em poucos meses, criámos uma televisão. Certo uma televisão do século XXI, sem programação linear, mas com conteúdo. São assim as televisões de agora: para vermos quando quisermos, como quisermos e onde quisermos.

Financeiramente evitámos o pior! Conseguimos conter a hemorragia. Controlámos as despesas graças ao trabalho voluntário de uma equipa genial. Estamos com dívidas, é certo, mas esta pandemia podia ter sido a morte do LusoJornal. Sobrevivemos essencialmente graças aos nossos colaboradores, aos nossos clientes mais fiéis e aos nossos muitos leitores.

Aliás, lançámos um “peditório” junto dos nossos leitores e cada vez temos recolhido mais donativos. O LusoJornal continua, como sempre foi, um jornal gratuito, mas os leitores querem colaborar e isso, emociona-nos.

Até porque temos recebido muitos comentários positivos sobre o nosso trabalho. Todos reconhecem a importância do LusoJornal, felicitam-nos pela nossa linha editorial e pedem-nos mais informação local.

Este sucesso, quero partilhá-lo com toda a equipa que diariamente faz o LusoJornal, desde a redação à equipa gráfica, desde a área comercial à equipa de distribuição. Na maior parte dos casos é trabalho de bastidores, mas sem esta equipa extraordinária não haveria jornal.

2021 vai ser um ano importante para todos e também, claro, para o LusoJornal. Do ponto de vista comercial, esperamos que o “mercado” nos corra bem, queremos desenvolver e reorganizar a nossa televisão e queremos continuar a ser o jornal mais lido pelos Portugueses de França.

Isto não são palavras vãs, são palavras que nos carregam de responsabilidade. Saber que o mínimo erro, a mínima gralha, é lida por milhares de pessoas, obriga-nos a ter mais cuidado ainda na escolha das informações e na forma de abordar os assuntos.

Seremos sempre um jornal complementar e de proximidade. Não encontrarão aqui, no LusoJornal, informação sobre tudo. Não concorremos com quem é melhor do que nós, também não queremos ser os primeiros a dar a notícia. A informação, tal como nós a imaginamos, não é uma corrida contrarrelógio. Queremos é ser os melhores na nossa área. E a nossa área é a das Comunidades lusófonas em França.

É com este olhar para 2020, como sendo um ano extraordinário, que agradeço coletivamente a todos os leitores pela fidelidade e desejo a cada um em particular votos de sucessos para 2021.

Esperamos que seja ainda mais extraordinário do que 2020.

 

Carlos Pereira

Diretor do LusoJornal

 

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