Jorge Torres Pereira
LusoJornal / Carlos Pereira

Coletes Amarelos: Embaixador em França envia mensagem à Comunidade portuguesa

O embaixador de Portugal em França, Jorge Torres Pereira, afirmou que a sua principal preocupação para este sábado, dia em que estão previstos mais protestos dos “Coletes amarelos”, é que “não haja efeitos colaterais na Comunidade portuguesa”.

“A minha preocupação principal é que não haja efeitos colaterais na Comunidade portuguesa das cenas de violência lamentáveis que vimos nestes sábados. É claro que não está em causa o direito ao protesto, isso são crises políticas normais em democracia”, afirmou, em declarações à Lusa, o diplomata português, que cumpriu ontem um ano em Paris.

O Embaixador Jorge Torres Pereira adiantou que a recomendação é manter ‘low profile’ (discrição), revelando estar otimista em relação aos protestos previstos para este sábado. “A recomendação é o ‘low profile’, não nos expormos. Aqui, na Embaixada, não estamos muito longe do Trocadero e da avenida Kleber [onde no passado sábado foram queimados vários carros]. Não é assim tão longe. Mas é uma questão de bom senso, não teremos os carros da Embaixada estacionados à frente do edifício”, referiu.

O diplomata acrescentou: “A minha expectativa é que não se vai repetir a sensação de quase descontrolo como no sábado passado”.

“Não vale a pena fazer uma dramatização exagerada. No sábado passado fui ao teatro à noite. Claro que, quando voltei, havia um cenário quase de Beirute, mas isso é outra coisa. As pessoas não devem ficar com a ideia de que houve um estado insurrecional que não se podia fazer o que quer que seja”, explicou o Embaixador.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português advertiu os cidadãos para que evitem “deslocações não necessárias” a Paris no sábado, face à “forte possibilidade de confrontos” nas manifestações convocadas pelos “Coletes Amarelos”.

Há três semanas que os Franceses saem à rua, bloqueando rotundas e autoestradas do país, primeiro para exigir a suspensão de um novo imposto sobre os combustíveis, mas depois também para denunciar o empobrecimento.

 

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