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Os três Portugueses deportados do Train de Loos foram homenageados

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Setenta e oito anos estão volvidos desde que o historiador Yves Le Maner considera “o maior drama do Nord Pas de Calais da II Guerra mundial”: o Train de Loos.

Foi uma cerimónia comovente e bela que teve lugar no cemitério desta cidade para lembrar o triste dia 1 de setembro de 1944, dia em que o Comboio de Loos partiu para a deportação com 871 prisioneiros, Resistentes… uma bela cerimónia de homenagem a um momento bem triste.

O LusoJornal publicou um artigo no dia 24 de agosto (1) sobre homenagem aos três portugueses que partiram para a deportação. No Train de Loos, o último comboio a partir para os campos de concentração na Alemanha, dois dias antes da libertação de Lille, também nele iam três portugueses (2): Benoit da Costa Araújo, Jean Póvoa e Henri de Moraes (3).

Estes três portugueses faziam parte dos 2% de estrangeiros que partiram de Tourcoing, entre as 16h45 e as 17h00, em 13 wagons que já nem para animais eram utilizados, tal o seu estado de degradação e de sujeira.

Na cerimónia de Loos deste ano, estes três portugueses foram especialmente evocados nos discursos pronunciados de Anne Marie Bouvart, da Amicale du Train de Loos, pela Maire de Loos, Anne Voituriez, por Mady Dorchies, Conseillère Régionale déléguée au Devoir de Mémoire e por Amélie Puccinelli, Secretaire general adjointe da Préfecture du Nord.

Estiveram presentes nas cerimónias, representantes civis e militares da região, bem como Bruno Cavaco, Cônsul Honorário de Portugal em Lille, Johanne de Moraes e Jean Marc de Moraes, sobrinhos de Henri de Moraes, deportado que faleceu ao ser transportado entre dois campos de concentração.

Após a cerimónia de Loos, deslocamo-nos até Lambersart juntamente com o Cônsul Honorário e os familiares de Henri de Moraes para uma simples e simbólica homenagem a Henri de Moraes cujo nome foi dado a uma rua da cidade em 1965. Honraram da sua presença representantes da cidade de nascimento do deportado: Guillaume Lekieffre, Conseiller Municipal en charge les affaires patriotiques et militaires, e Eric Parize, historiador e funcionário do município de Lambersart.

O LusoJornal terminou o conjunto de homenagens, deslocando-se até à Gare de Tourcoing de onde partiram para a Alemanha os 871 heróis, 56% deles tinham menos de 30 anos. Somente 284 (32%) regressaram depois do fim da Guerra.

A jornalista Ana Luísa Rodrigues realizou em 2017 um documentário premiado intitulado «A Guerra também foi nossa – Portugueses na Guerra Civil de Espanha». Podíamos também talvez escrever: «a II Guerra também foi portuguesa».

 

(1) https://lusojornal.com/angouleme-une-delegation-portugaise-a-rendu-hommage-aux-3-portugais-du-1er-train-de-deportes/

 

(2) https://lusojornal.com/le-train-de-loos-les-derniers-deportes-portugais-ou-dorigine-portugaise-vers-les-camps-de-concentration/

 

(3) https://lusojornal.com/ii-guerra-mundial-henri-de-moraes-resistente-deportado-falecido-com-apenas-20-anos-de-idade/

 

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