Morreu Miguel Góis, ex-Diretor Geral do Paris Ásia Business Center

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Faleceu na quinta-feira da semana passada, em Lisboa, onde vivia, Miguel Góis, antigo Diretor Geral Adjunto da Silk Road Paris, do grupo Alves Ribeiro e também membro do Conselho Consultivo do Consulado Geral de Portugal em Paris. Miguel Góis estava doente há vários anos e foi por essa razão que se afastou do projeto inicialmente conhecido por Paris Asia Business Center, em Tremblay-en-France. Tinha 51 anos, deixou 4 filhas e o funeral teve lugar este sábado.

Miguel Góis estudou em Portugal mas veio para Paris no quadro do programa Erasmus, porque já cá moravam os pais. O pai, Coronel, era Adido de Defesa na Embaixada de Portugal. “Adorei estudar em Paris” disse, em tempos ao LusoJornal e ficou, para sempre, relacionado com a França.

Licenciado em Engenharia civil pela École nationale des Ponts et Chaussées, foi em França que começou a trabalhar para a Total e depois mudou-se para a Repsol, onde permaneceu três anos. Foi depois trabalhar para a Sonae Imobiliária para desenvolver centros comerciais e hotéis, até 2005, data em que integrou a filial da Bouyges Immobilier em Portugal. Em 2008 passou para a Edifer Imobiliária e em 2014 foi convidado para integrar uma empresa austríaca que desenvolvia hospitais na América do Sul.

Em 2016 regressou a Paris, já com o grupo Alves Ribeiro, para dirigir o Silk Road Paris. O projeto foi iniciado pelo empresário Carlos de Matos e começou por chamar-se Paris Ásia Business Center, mas Miguel Góis chegou a França quando o projeto já estava completamente nas mãos do importante grupo português Alves Ribeiro.

Apesar de morar em Paris, Miguel Góis nunca deixou de ser militante do CDS-PP. Fez os seus estudos na Academia Militar e ali ganhou o gosto pelos cavalos, tendo participado em muitos concursos hípicos. Também talvez influenciado pelo Alentejo onde o pai tinha nascido.

Depois de adoecer regressou a Portugal para perto da família, que acabou por nunca se ter instalado em França. “Fui certamente um dos maiores clientes da TAP e da Air France” costumava dizer a brincar, já que passava bastante tempo com a família em Lisboa.

Por isso, sonhava trazer a mulher e as quatro filhas para a capital francesa, mas a doença ceifou-lhe os projetos. No Silk Road Paris – certamente um dos maiores investimentos portugueses em França – foi substituído por Carlos Martins, antigo Diretor de Marketing da Caixa Geral de Depósitos em França.

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