Lusa | António Pedro SantosPresidenciais e Legislativas na Guiné-Bissau: CNE confirmou problemas na eleição em França_LusoJornal·Comunidade·24 Novembro, 2025 Os 966.152 eleitores guineenses foram chamados às urnas este domingo para escolher o novo Presidente da República e os 102 Deputados da Assembleia Nacional popular e a Comissão Nacional de eleições (CNE) garantiu que foram “observados os procedimentos previamente estabelecidos pela legislação eleitoral”. “Até ao encerramento das urnas, não se constatou nenhuma situação que possa constituir irregularidades relevantes, salvo pequenos constrangimentos de ordem logística solucionados em tempo útil”, indicou o responsável. Mas a Comissão sentiu-se no dever de esclarecer algumas situações ocorridas durante a votação na diáspora, nomeadamente em França e em Portugal que, disse, “motivaram a convocação do plenário da CNE com urgência com o fito de deliberar sobre o assunto e dar anuência às míni estruturas das CNE” nos dois países. Em França, a CNE autorizou “aos cidadãos portadores de Cartão de Eleitor o exercício do direito de voto e consequentemente vai extrair do ficheiro eletrónico os nomes dos eleitores em causa para efeitos de confirmação posterior” da situação dos eleitores em causa. Ontem ao final da tarde, o Secretário executivo da CNE deu ainda conta que, embora ainda não estejam disponíveis dados precisos, “estima-se que a taxa de participação seja superior a 65%”, uma afluência às urnas inferior a anteriores atos eleitorais em que chegou aos 70 e 80%, segundo o responsável. As eleições deste domingo tiveram 12 candidatos à Presidência da República, numa corrida eleitoral que durante a campanha se transformou num duelo entre o atual Presidente, Umaro Sissoco Embaló, que concorre a um segundo mandato, e Fernando Dias. Fernando Dias apresentou-se como independente e obteve o apoio do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) que, pela primeira vez, foi excluído da corrida eleitoral, assim como o líder Domingos Simões Pereira, considerado o principal adversário de Embaló. As Presidenciais centraram as atenções nestas eleições gerais, com as Legislativas, a que concorreram 14 formações políticas, relegadas para segundo plano. O Parlamento foi dissolvido pelo Presidente da República há dois anos e afastada do poder a coligação PAI- Terra Ranka, liderada pelo PAIGC. Nenhuma das forças políticas da anterior composição da Assembleia concorreu às eleições deste domingo, em que se destaca a coligação Plataforma Republicana “Nô Kumpo Guiné”, que apoia o Presidente Umaro Sissoco Embaló.