Três longas-metragens portuguesas em secção paralela do Festival de Cannes

Os filmes portugueses «Colo», de Teresa Villaverde, «Terra Franca», de Leonor Teles, e «Verão Danado», de Pedro Cabeleira, vão ser exibidos em maio, em França, numa das secções paralelas do Festival de Cinema de Cannes.

Em comunicado, a Associação Portuguesa de Realizadores (APR) revela ter recebido «um convite da ACID – Association du Cinéma Indépendant pour sa Diffusion, que programa uma das secções paralelas do festival de Cannes, para realizar, durante a edição de 2018 do festival, o programa especial ACID TRIP 2 # Portugal, que consistirá na projeção de três longas-metragens portuguesas, organização de uma mesa redonda sobre cinema português e participação na festa da ACID».

A 71ª edição do Festival de Cinema de Cannes decorre de 8 a 19 de maio, e as exibições das longas-metragens portuguesas «terão lugar no primeiro fim de semana do festival, de 11 a 13 de maio».

«Colo», de Teresa Villaverde, é um filme de ficção, apresentado no ano passado, em competição, no Festival de Cinema de Berlim. O filme, que se estreou este mês nas salas portuguesas, e ganhou um prémio em Paris, reflete, ainda que indiretamente, os efeitos e os estilhaços da crise económica numa família de classe média, interpretada por João Pedro Vaz e Beatriz Batarda.

«Terra Franca» é a primeira longa-metragem de Leonor Teles, responsável pelas curtas-metragens «Balada de um batráquio» (2016), vencedor do Urso de Ouro em Berlim, e «Rhoma Acans» (2012). O documentário, que se estreou no Festival Internacional do Documentário Cinéma du Réel, em Paris, onde aliás foi premiado, centra-se em Albertino Lobo, um pescador que vive à beira do rio Tejo, cujo retrato foi filmado por Leonor Teles ao longo das quatro estações do ano.

A primeira longa-metragem de Pedro Cabeleira, «Verão Danado», que foi exibido pela primeira vez em agosto do ano passado no Festival de Locarno (Suíça), onde recebeu uma menção honrosa, estreou-se em novembro nas salas portuguesas de cinema. Pedro Cabeleira, que assina a direção e o argumento, iniciou o processo do filme aos 21 anos, quando terminou o curso de realização na Escola Superior de Teatro e Cinema. O fio condutor é a personagem Chico (o ator Pedro Marujo), um jovem licenciado em Filosofia que parte para Lisboa à procura de trabalho e divaga com amigos e desconhecidos, entre excessos de festas e drogas.

A atriz australiana Cate Blanchett vai presidir ao júri da 71ª edição do Festival e o realizador francês Bertrand Bonello vai ser o Presidente do Júri da Cinéfondation e da competição de curtas-metragens do festival.

 

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LusoJornal