André Ventura veio a Paris dizer que quer fazer tremer o sistema

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Depois de já ter passado pela Suíça, o líder do Chega, André Ventura, esteve este fim de semana na região de Paris para apoiar a candidatura de José Dias Fernandes a Deputado da Assembleia da República Portuguesa.

O ponto forte da passagem por Paris foi um jantar ontem à noite, no restaurante La Résidence, em Créteil, com casa cheia e na presença de um representante do Rassemblement National que levou uma “mensagem de encorajamento” de Marine Le Pen.

“Queria que soubessem que é um grande orgulho para mim estar aqui hoje convosco. Hoje tivemos aqui a prova – que é evidente e é claro para nós todos – que há verdadeiros Portugueses que amam o seu país acima de tudo, que não esquecem Portugal, em qualquer país em que estejam e apesar de todas as dificuldades” disse André Ventura no início da sua intervenção e quando agradecia o apoio que deram ao Chega.

O Presidente do Partido disse que os emigrantes “têm sido esquecidos permanentemente, por todos os Governos em Portugal e eu quero-vos prometer aqui que, se há Partido que vai estar ao lado dos emigrantes portugueses, esse Partido é o Chega. Porque nós sabemos o esforço que estão a fazer fora de fronteiras”.

O primeiro a discursar foi o candidato José Dias Fernandes que começou por afirmar que “nunca foi fácil ser emigrante e nunca tivemos nenhum Partido, até à data, que nos defendesse, que defendesse os nossos direitos. Atualmente apareceu um Partido, com um homem com uma grande coragem, que se chama André Ventura”. E o candidato acrescentou que “graças ao André Ventura e ao Chega no Parlamento, começámos a ter voz. Foi o único homem, o único Partido que se interessou pelos emigrantes, pelos Portugueses que estão fora de Portugal. Nenhum Partido, há 47 anos, se dedicou tanto aos emigrantes, aos nossos filhos, aos lusodescendentes”.

“Portugal tornou-se um mar de corrupção, desde as Freguesias até ao Governo nacional. Somos aquele país que está disposto a acolher refugiados do mundo inteiro, dá-lhes casa, trabalho e pensões de 1.000 e 2.000 euros, mas nós temos pensionistas em Portugal a receber 300 euros por mês. Esse é o país que nós somos, é o país que nós temos” denunciou André Ventura, interrompido pelos aplausos.

“Somos um país daqueles que trabalham, mas não trabalham para si, nem para a sua família, trabalham para sustentar uma cambada de políticos que aumenta há 47 anos, sem nunca parar de crescer” afirma André Ventura perante uma sala barulhenta. “Somos aquele país que dá reformas vitalícias aos políticos e aos juízes do Tribunal constitucional. Temos políticos em Portugal que estão presos e que estão a receber 3.000 euros de pensão. Este não é um país, é uma vergonha e nós temos de combater esta vergonha em Portugal”. E voltou a ser muito aplaudido.

André Ventura veio a Paris com Diogo Pacheco de Amorim que José Dias Fernandes também elogiou. “Até agora dizíamos que não nos interessava votar porque não tínhamos ninguém que nos defendesse, mas hoje eu digo que podem votar, porque temos alguém que nos dá voz. Já falei com o Diogo e ele disse que, se não houver ninguém eleito pela Europa, será ele que vai defender os emigrantes com unhas e dentes e ele é um homem de palavra” disse o candidato, que também é empresário na região parisiense.

O Presidente do Chega diz compreender que muitos “deixaram de acreditar” na política em Portugal. “Eu sei que Portugal vos deu motivo para isso, foram escândalos atrás de escândalos, Primeiros-Ministros presos, corrupção que não acabava, o país a empobrecer cada dia. Eu sei que muitos já perderam a esperança de voltarem a encontrar um país melhor” diz André Ventura. “Este é daqueles momentos históricos que nós só temos uma vez na vida. Aquilo que eu vos prometo é que vou lutar até ao último momento, com toda a força que tenho e com a que não tenho, para que vocês, os vossos filhos, os vossos netos e as vossas famílias possam voltar a um grande país que todos amamos, e quero-vos prometer aqui solenemente que não me esquecerei de nenhum de vocês ao longo destes próximos 4 anos. Quero-vos prometer que não venho aqui porque estamos em eleições, mas porque virei aqui mais vezes para vos ver, para saber o que pensam e as razões pelas quais partiram. Quero-vos dizer, olhos nos olhos, sem medo, que em Portugal dizem que somos fascistas e racistas e que somos xenófobos, mas nós sabemos a verdade do que se passa no nosso país, nós sabemos a verdade que vocês todos conhecem, a de um país em que há uma grande corja a viver à custa de quem trabalha e nós não queremos isso”.

Falando sobre a repetição das eleições no círculo eleitoral da Europa, José Dias Fernandes explicou que “foi uma pouca vergonha o que se passou em Lisboa na contagem dos votos, com a anulação de 157.000 votos. É uma vergonha ver umas eleições anuladas pelos que fizeram batota. Quem fez batota não foi o Chega” e acusa que “os responsáveis pela batota são 2 partidos: o PS e o PSD”. Ao citar os dois Partidos, os presentes vaiaram.

André Ventura foi claro: “O esforço que nós fazemos há muitos anos é para derrotar o socialismo que nos empobrece em Portugal e nós vamos derrotar o socialismo que nos empobrece” garante. “António Costa pensa que nunca vai perder eleições em Portugal. Nós fomos a terceira força política nestas eleições e temos apenas dois anos e meio. A luta que vamos fazer é pelos Portugueses de bem, é pelos Portugueses como vocês, que tiveram que lutar e trabalhar para ter um país melhor. Nós podemos ser um dos países mais ricos da Europa e sabem porque é que não somos? Porque anda metade do país a trabalhar para sustentar metade do país que não faz nada. Essa é que é a verdade em Portugal”.

Mas apesar de ter feito este diagnóstico negro do país, o líder do Chega diz que ama Portugal. “Eu sei que muitos de vocês têm o mesmo orgulho que eu em ser português. Eu amo este país a que pertenço e sei que vocês também o fazem” confirma.

“Nós passamos da segunda para terceira força política em Portugal, mas precisamos da vossa ajuda para derrubar o Governo em Portugal. Estes próximos 4 anos vão ser uma luta entre o Chega e ao Partido Socialista. Eu preciso da vossa ajuda para que esta luta e esta força duplique daqui a 4 anos, que nos permita transformar o país que tanto queremos”. E confessou ainda que “o sonho que eu tenho para este país é que um dia, todos os que aqui estão e queiram, possam regressar ao país que amamos, à pátria que é nossa, que o façam, mas com condições e dignidade. Quero transformar Portugal numa grande nação”.

Para terminar, depois de ter sido interrompido várias vezes com aplausos, André Ventura garantiu que “não me vou cansar de propagar, em todas as terras onde possa passar, que vocês enchem a minha alma. Estou aqui a falar para pessoas que amam verdadeiramente Portugal” e terminou explicando que “é essa mesma energia, essa mesma força, que vocês puseram para dar aos vossos uma vida melhor, que eu vou pôr em toda a minha vida para dar a Portugal uma vida melhor, para vos permitir a todos um dia regressar ao país que vocês amam”.

Entretanto, o representante do Rassemblement National apelou também os presentes a se investirem nas eleições Presidenciais francesas e contribuírem para a eleição de Marine Le Pen.

 

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