Berta Nunes diz que a “Propina” no ensino de português no estrangeiro é “injusta”

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A Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, disse ontem em Paris que a “Propina” no ensino de português no estrangeiro “devia ser suprimida” porque é “injusta”.

O assunto foi levantado por Helena Neves, a Presidente da Amicale dos Portugueses de Viroflay, no Consulado Geral de Portugal em Paris, durante um encontro da Governante com dirigentes de associações portuguesas.

“Peço-lhe que acabe com esta Propina porque primeiro não se pagava e agora os alunos da nossa associação têm de a pagar” disse Helena Neves.

“Concordo consigo, a Propina é injusta e espero que acabe em breve” disse a Secretária de Estado. Depois deixou entender que na sua opinião já devia ter terminado. “A decisão cabe a quem tem de decidir” deixou.

Interrogada pelos jornalistas depois do encontro com as associações, a Secretária de Estado confirmou que “esperamos que seja suprimida o mais breve possível e é só isso que eu posso dizer”. Mas acrescentou que “a minha expectativa e o meu desejo é que seja o mais breve possível”.

Para Berta Nunes não se trata do problema do montante de 100 euros. “É porque não é justa, porque nós estamos só a cobrar aos alunos portugueses que estão no ensino paralelo, porque os alunos do ensino integrado, sejam portugueses ou franceses, não pagam, mas parte dos professores que estão nesse ensino integrado são pagos por Portugal. Há aqui uma discrepância que não faz muito sentido. Nós esperamos que o mais breve possível possamos afastar esta Propina e no fundo ir de encontro das expectativas das nossas Comunidades e das suas reivindicações”.

A Propina no ensino de português no estrangeiro foi introduzida em 2013, durante a Troika, mas a França não permitiu que o Estado Português cobrasse uma Propina porque o ensino público francês deve continuar gratuito.

Os alunos a quem os Estados português e francês não conseguem propôr cursos integrados de ensino de português, são obrigados a recorrer ao ensino paralelo, muitas vezes em associações portuguesas, mas para que essas aulas sejam validadas com um diploma, os pais têm de pagar uma Propina, bastante contestada.

 

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