Ciclismo: Mário Costa antevê Paris-Nice difícil

O Paris-Nice 2019 vai partir de Saint Germain-en-Laye, na Região parisiense e vai chegar a Nice, no Sul do país, numa prova ciclista que vai decorrer de 10 a 17 de março.

A apresentação da prova decorreu nesta semana com a presença de Christian Prudhomme (na foto), Diretor do ciclismo na ASO, empresa que organiza as provas como o Paris-Nice ou ainda o Tour de France.

De notar que esta prova vai contar com 23 equipas, eis a grande novidade para esta edição.

Para o LusoJornal, Mário Costa, antigo ciclista que participou no Paris-Nice, agora osteopata em Portugal, analisou o percurso de uma prova onde os Portugueses tiveram sucesso.

 

O que podemos dizer deste perfil 2019?

O percurso é sempre mais ou menos semelhante mas o tempo é que faz a diferença entre ser uma edição mais fácil ou então ser um inferno no gelo. A primeira metade da prova, a ver pelo perfil, é fácil se o tempo estiver bom. Mas se estiver vento poderá fazer as suas diferenças. Se tiver chuva deixa as suas marcas. A chegada em alto é dura, o Crono vai fazer algumas diferenças entre quem está para a classificação geral, mas o tempo, como frisei antes, é que poderá ser um fator que poderá mudar muito a classificação geral. Lembro-me de uma edição do Tirreno-Adriático que tinha uma chegada em alto, que devido ao frio e neve, foi anulada. Nesse ano ganhou o Campeão olímpico, o belga.

 

Participou na prova, o que se lembra dessa experiência?

Fiz duas vezes a prova. A primeira com sol, nessa altura do ano esteve bom tempo, menos os últimos dois dias em Nice em que chovia bastante e fazia frio. A segunda edição na qual participei esteve mau tempo como nunca tinha apanhado, foi das provas mais duras que fiz devido às temperaturas muito baixas, aliadas à chuva, e inclusive com neve. São essas as minhas lembranças da prova.

 

Os portugueses realizaram excelentes resultados no Paris-Nice, aliás o seu irmão, Rui Costa, alcançou o melhor resultado de sempre com um segundo lugar na classificação geral em 2014…

Essa é uma prova que o nosso Rui Costa gosta de fazer e se participar tem as suas cartas.

 

A prova criada em 1933 já teve vários resultados positivos para Portugal… e para o Brasil. Joaquim Agostinho alcançou o primeiro pódio, com um segundo lugar numa etapa em 1974, depois foi José Azevedo que arrecadou dois pódios em etapas, um segundo e um terceiro lugar em 2001, e por fim foi Rui Costa que alcançou um pódio na geral individual, com um segundo lugar em 2014, e quatro pódios em etapas, com dois segundos lugares em 2014 e dois terceiros lugares em 2015. De notar ainda que, apesar das poucas participações, os ciclistas brasileiros venceram uma etapa na prova, por Mauro Ribeiro, em 1980.

 

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