LusoJornal / António Borga

Colóquio comemorou 100 anos de ensino de português na Sorbonne

As comemorações do centenário do ensino de português na Universidade da Sorbonne tiveram lugar nos dias 18 e 19 de outubro, na presença de várias personalidades, entre as quais o Ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva, do Embaixador de Portugal em França Jorge Torres Pereira e do Presidente do Instituto Camões Luís Faro Ramos. Estavam também anunciados os Embaixadores do Brasil, Cabo Verde, de Moçambique, de Angola e da Guiné Bissau.

A sessão de abertura, na presença de Gilles Pécout, Reitor da Academia de Paris, teve lugar na Salle Louis Liard, e o resto do programa decorreu na Maison de la recherche – Université Sorbonne Nouvelle e no Institut d’Etudes Hispaniques, Sorbonne Université.

No discurso inaugural do colóquio, que reúne dezenas de falantes de português numa das principais universidades francesas, Augusto Santos Silva sublinhou que a importância da língua depende de vários fatores, nomeadamente da literatura. “A força de uma língua não depende só da geografia e da demografia, também não existe apenas pela dimensão da sua utilização quotidiana. A força de uma língua mede-se de forma determinante pela força da literatura que a exprime e a transforma”, frisou o Ministro.

A primeira aula de português na Universidade da Sorbonne foi inaugurada em 1919 pelo professor George le Gentil. Yves Léonard, professor em Sciences Po Paris proferiu uma primeira conferência sobre “L’importance des espaces lusophones pour la France et pour la contemporanéité”.

O colóquio contou com três sessões de trabalho.

Na primeira sessão, sobre “Bilan et perspectives: les origines, le développement” houve intervenções de Anne-Marie Quint e Jacqueline Penjon (da Universidade Sorbonne Nouvelle – Paris 3). Mas também de do Secretário Geral da CPLP Francisco Ribeiro Teles, do Presidente do Instituto Camões Luís Faro Ramos, de Rodrigo Wiese Randig da Embaixada do Brasil, do Embaixador de Portugal na Unesco Sampaio da Nóvoa, da Inspetora geral para o ensino de português no Ministério francês da educação Anne-Dominique Vallières. Falou também o Presidente da ADEPBA Christophe Gonzalez, Hélène Thieulin-Pardo da Sorbonne Université e Catherine Heymann da Universidade de Paris Nanterre.

A segunda sessão teve como tema “Dialogues sur l’enseignement du portugais” com intervenções de Olinda Kleiman, Agnès Levécot da Univervidade Sorbonne Nouvelle – Paris 3, Maria de Lourdes Crispim da Universidade Nova de Lisboa, José Manuel da Costa Esteves da Cátedra Lindley Cintra na Universidade Paris Nanterre.

Na terceira sessão de trabalho, sobre “Langue portugaise: diversité, créativité, rencontre entre cultures” houve intervenções de do Secretário de Estado da Educação João Costa, da Universidade Nova de Lisboa, Lúcia Barbosa da Universidade de Brasília, de Sarita Monjane da Universidade Pedagógica de Maputo, de Rosa Bizarro do Instituto Politécnico de Macau e de Maria Helena Araújo Carreira da Universidade Paris 8 Vincennes – Saint-Denis.

Pelo meio, a Coordenadora do ensino de português em França Adelaide Cristóvão presidiu a uma apresentação das dinâmicas de ensino de português por Michel Riaudel da Sorbonne Université e Ilda Mendes dos Santos da Universidade Sorbonne Nouvelle – Paris 3). Graça dos Santos presidiu a uma sessão sobre língua, criação cultural e encontro de culturas com a Diretora do Festival de cinema brasileiro Katia Adler e com o cineasta Carlos Saboga.

No fim do primeiro dia houve um concerto apresentado por Ana Paixão no Amphithéâtre Quinet, com as sopranos Patrícia Modesto e Sara Afonso, acompanhadas pelo pianista José Manuel Brandão, com coordenação de Manuela de Sá.

 

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