LusoJornal | Mário Cantarinha

Depois da pandemia: Associação Agora de Argenteuil regressou aos eventos

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Depois de três anos de interregno por razões evidentes de pandemia, a associação “Agora” de Argenteuil, voltou a organizar um jantar seguido de baile, na Salle Atrium, e desta vez para recolha de fundos para a organização das Festas de Verão de Valverde, no concelho de Mogadouro.

Enrico de Rosa, o Presidente da associação, ainda não fez completamente o “luto” da mítica Sala Jean Vilar, que entretanto foi desativada. “Na sala Jean Vilar podíamos meter 300 a 350 pessoas, aqui temos cerca de 200 e já é a capacidade máxima da sala, se quisermos ter uma pista de dança” explicou.

O radialista Joaquim Parente, também presente no evento, considera que a Salle Jean Vilar foi o “Olímpia português” e destacou os concertos de Amália Rodrigues e de Carlos do Carmo, assim como um histórico fogo de artifício vindo do Minho e lançado da Salle Jean Vilar. “Os Portugueses nunca mais vão ter uma sala como essa” lamenta ao LusoJornal.

“Esta sala não tem nada a ver com a Salle Jean Vilar, mas mesmo assim é uma bela sala, digamos que é uma sala mais convivial, mais familiar” resume Enrico de Rosa. “Esta é uma sala provisória, mas o provisório pode durar muito tempo. Nós, no movimento associativo, já estamos habituados a situações provisórias”.

O último espetáculo que a associação Agora organizou foi no dia 8 de março de 2019 “e tivemos de anular porque havia muitos casos de Covid” lembrou Enrico de Rosa. “Agora foi um prazer ver as pessoas de volta. Voltaram aqui talvez porque eles apreciam aquilo que a associação Agora faz, apreciam o nosso convívio”.

Na sala estavam vários grupos, pessoas que se conhecem e decidiram jantar e passar uma parte da noite juntos. “Há um grupo de 50 pessoas, outro de 20 e um de 15 pessoas… São pessoas que se conhecem e que vêm aqui partilhar um bom momento”.

O “regresso” dos eventos da Agora foi tão felicitado que já perguntavam se a associação vai organizar o “Réveillon” de fim do Ano. “Claro que sim, vai haver, mas não somos nós a organizar, mas sim o Comité de Festas de Argenteuil, como habitualmente. Mas nós sempre participámos, a animação é portuguesa e 90% das pessoas são portuguesas” diz Enrico de Rosa. “Já pedimos à Dona Olímpia, que é a pessoa com quem trabalhamos sempre, para nos fazer uma proposta. Por isso, a refeição também será portuguesa”.

Enrico de Rosa – “o italiano mais português de França” como é conhecido – estava desanimado em 2019 e anunciava mesmo retirar-se da vida associativa, onde milita desde 1975 com a Associação Franco-Portuguesa, antes de criar a Agora. “É verdade que chegamos a uma idade em que não temos a mesma adrenalina que tínhamos antes e também não temos a mesma força, começamos a estar cansados e começamos a gostar mais de ficar em casa” conta ao LusoJornal.

Mas também é verdade que passa muito mais tempo em Portugal. “Eu adoro estar lá, falo um bocadinho português e quando eu estou lá, os vizinhos falam comigo, chamam-me o francês ou o italiano e falam muito comigo. Sinto-me lá bem”.

Quem também estava visivelmente contente era Olímpia Garnacho. Para além de fornecer o jantar, o evento recolheu fundos para a organização da festa de verão da aldeia onde nasceu.

 

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